Produtores gaúchos fecham fronteira com Argentina contra a importação de leite

Os produtores gaúchos fecharam hoje, 1/08, a fronteira com a Argentina exigindo medidas do governo federal contra a importação de leite e apoio a cadeia produtora. O protesto, encabeçado por entidades como a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul, Fetag-RS, e o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, Sindilat, mobiliza produtores rurais em Porto Xavier, cidade fronteiriça com a Argentina.
Segundo nota da Fetag-RS “É inaceitável que o Brasil, país com grande potencial e um dos maiores produtores de leite do mundo, não consiga proteger seus produtores e permaneça de “braços cruzados” assistindo inúmeras famílias abandonando a atividade”. Por sua vez, o Sindilat, denuncia que a situação afeta a sustentabilidade da atividade leiteira no Brasil. É comum acordo das entidades a adoção imediata de uma barreira comercial e impedimento por meio de legislação, que empresas importadoras recebam incentivos fiscais.
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Pleito antigo

A situação já vem causando animosidades há certo tempo. É unânime entre deputados ligados ao setor agropecuário que seja adotada Tarifa Externa Comum (TEC) elevando para 12% o valor das importações de leite e derivados provenientes do Mercosul. Eles alegam que a importação do produto aumentou bastante, impactando no preço e diminuindo os ganhos do setor o que afeta a cadeia e gerando demissões.

A importação de leite envolve diretamente a Argentina e o Uruguai, grandes vendedores do Brasil. No entanto os produtores consideram a melhor saída a adoção de políticas que atendam a categoria. Em reunião em julho passado, com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, MDA, Paulo Teixeira, ficou acertado, que seriam realizadas ações junto à Câmara de Comércio Exterior (Camex) com a aplicação de medidas de apoio à cadeia leiteira brasileira. O ministro ainda se comprometeu a adotar políticas visando apoio aos produtores nacionais, criação de grupo de trabalho com a participação da Embrapa, universidades, especialistas e entidades do setor.

Foto 1195798/Pixabay

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