A prévia da inflação de novembro foi de 0,20%, 0,02 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em outubro (0,18%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (26) pelo IBGE, aponta que a maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo Despesas pessoais (0,85% e 0,09 p.p.). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,15% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, abaixo dos 4,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,62%.
No grupo Despesas pessoais (0,85%), o resultado foi influenciado, principalmente, pelas altas na hospedagem (4,18%) e no pacote turístico (3,90%), com impactos de 0,03 p.p. e 0,02 p.p, respectivamente.
Saúde e cuidados pessoais (0,29%) e Transportes (0,22%) tiveram o segundo maior impacto no índice geral (0,04 p.p.). Em Saúde e cuidados pessoais (0,29%), o destaque foi o plano de saúde (0,50%), com impacto de 0,02 p.p.
Já no resultado do grupo dos Transportes (0,22%), o destaque foi para passagens aéreas, que subiram 11,87% e tiveram o maior impacto individual no índice do mês (0,08 p.p.). Por outro lado, os combustíveis tiveram queda (-0,46%). À exceção do gás veicular, que aumentou 0,20%, os demais apresentaram reduções nos preços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e óleo diesel (-0,07%).
O grupo Alimentação e bebidas, de maior peso no índice, voltou a crescer (0,09%), após cinco meses de queda, ocupando o terceiro lugar em termos de impacto (0,02 p.p.). A alimentação no domicílio permanece no campo negativo, com queda de 0,15%, após recuar 0,10% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado os recuos do leite longa vida (-3,29%), do arroz (-3,10%) e das frutas (-1,60%). No lado das altas, destacam-se a batata inglesa (11,47%), o óleo de soja (4,29%) e as carnes (0,68%).
A alimentação fora do domicílio (0,68%) acelerou em relação ao mês anterior (0,19%), em virtude das altas da refeição (de 0,06% em outubro para 0,56% em novembro) e do lanche (de 0,42% para 0,97%).
Já o grupo Habitação desacelerou de 0,16% para 0,09% na passagem de outubro para novembro. A principal contribuição negativa veio da energia elétrica residencial, que passou de -1,09% para -0,38%. Ressalta-se que, em novembro, está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Entre os subitens com aumentos, destacam-se o condomínio (0,38%) e o aluguel residencial (0,37%).
Os outros grupos em alta foram: Vestuário, com variação de 0,19% e impacto de 0,01 p.p. e Educação (0,05% e 0,00 p.p.). Em queda, vieram os grupos Comunicação (-0,19% e -0,01 p.p.) e Artigos de residência (-0,20% e 0,00 p.p.).
Belém registra aumento de 155,24% nas hospedagens em novembro
Quanto aos índices regionais, dez das 11 áreas de abrangência tiveram alta em novembro. A maior variação foi observada em Belém (0,67%), por conta das altas da hospedagem (155,24%) e das passagens aéreas (25,32%). Já o menor resultado ocorreu em Belo Horizonte (-0,05%), que registrou queda nos preços da gasolina (-3,13%) e das frutas (-5,39%).
Foto Tomaz Silva/Agência Brasil
Com informações IBGE
