PF resgata mensagens em que Eduardo Bolsonaro chama o pai de ingrato

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A Polícia Federal resgatou documentos, mensagens de texto e áudios trocados por WhatsApp entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

As conversas mostram diálogos agressivos e tensos entre pai e filho após a crise que foi causada pelo aumento em 50% das tarifas impostas ao Brasil pelo governo norte-americano.

As converas fazem parte do material resgatado pela Polícia Federal, que indiciou o ex-presidente e o filho pelos crimes de coação no processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Numa conversa resgatada em 17 de julho, Eduardo Bolsonaro critica o pai que em uma entrevista chamou o filho de “imaturo”.

“Graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360 em dar mais uma porrada nele (Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo) para ver se você aprende, Vai Tomar no Cu SEU INGRATO DO CARALHO” , afirma Eduardo.

Em outra troca de mensagens  o deputado reclama ao pai que vai ter que passar “o resto da vida nessa porra aqui [EUA]”.

No dia seguinte a conversa o filho manda nova mensagem ao pai se desculpando e alegou estar com raiva. Ele também faz referência ao ex-presidente, Michel Temer, dizendo como gostaria de ser tratado.

“Quero que você olhe para mim e enxergue o Temer. Você falaria isso do Temer?”, pergunta.

Indiciados

O indiciamento ocorreu depois que a PF concluir as investigações a respeito da atuação de Eduardo com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, quando este promoveu medidas retaliando o governo brasileiro e os ministros do Supremo Tribunal Federal.

Vale lembrar que o governo dos EUA  além do tarifaço de 50% nas importações de produtos brasileiros, está fazendo uma investigação comercial contra o Pix e sanções financeiras contra o Ministro Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky.

A alegação de Trump é que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas” liderada por Moraes contra a liberdade de expressão e empresas de redes sociais.

Com informações Agência Brasil

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Lula Marques/Agência Brasil

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