por Roberto Jana* vice-presidente sênior de Gestão de Pessoas, Branding e Comunicação da SONDA.
É fato que a pandemia mudou a forma de trabalhar das empresas. Perante um cenário totalmente inédito, a capacidade de adaptação foi essencial para responder às necessidades das diferentes indústrias e dos seus trabalhadores. Muitas empresas adotaram o trabalho remoto e diversas previsões afirmavam que essa modalidade permaneceria como definitiva no mundo pós-Covid. No entanto, vivemos uma migração gradual contrária, em que muitas empresas buscam explorar os dois mundos: o virtual e o presencial. No mercado temos visto empresas como Google, Amazon e Apple, entre outras, que voltaram a adotar o presencial como parte da sua forma de trabalho.
É verdade, também, que o teletrabalho durante a pandemia trouxe grandes surpresas. Além da modalidade mostrar que não houve redução da eficiência dos colaboradores, ela também trouxe um melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Então, por que há uma tendência de volta ao presencial? Só para dar um exemplo, de acordo com a Fundação para a Transferência de Tecnologia (UNTEC), atualmente, cerca de 40% das organizações exigem que os seus funcionários trabalhem no escritório pelo menos duas vezes por semana.
Outra informação relevante que valida o discurso do trabalho híbrido é a pesquisa da Hubspot. De acordo com ela, 40% dos trabalhadores se comunicam de forma mais eficiente com seus colegas quando estão na modalidade presencial, o que permite mais facilidade na adaptação ao trabalho, assim como no aprendizado, gerando ambientes mais flexíveis e inovadores. Por outro lado, a promoção de mais interação entre as equipes é fundamental para fortalecer a cultura organizacional e o sentimento de pertencimento.
Embora a pandemia tenha nos ensinado que a eficiência pode ser alcançada em casa, o desafio hoje é encontrar o equilíbrio, promovendo espaços com maior colaboração, inovação e paixão – atributos que exigem interação entre as pessoas. Aas empresas que potencializarem o melhor dos dois mundos, o presencial e o virtual, terão vantagem competitiva em seu setor.
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