Moradores de Maraú, entre eles Reale Jr., protestam contra continuidade de obra embargada

Adriano Villela O coletivo de Defesa de Meio Ambiente e outros Direitos, da cidade de Maraú (Recôncavo Sul), realizou protesto em frente à prefeitura na segunda-feira (11) contra a continuidade da obra de um restaurante anexo à pousada Barrabela, em Barra Grande. O grupo, integrado pelo ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, alega que a construção invade faixa de areia. A intervenção foi embargada em agosto deste ano. Em vídeo nas redes sociais, Reale Júnior tenta falar com alguém da prefeitura durante o protesto. O jurista tem casa na cidade e fez contato por telefone com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Valdemir Lisboa, conhecido como Mica. “Vinhemos aqui hipotecar solidariedade ao senhor, cuja ordem está sendo desrespeitada”, criticou o jurista. “Nem depois de um pedido de um ex-ministro da Justiça a Prefeitura de Maraú cumpriu o seu papel de parar uma obra embargada. A construção é de uma funcionária da prefeitura”, acrescenta o Coletivo Península Maraú, em postagem no Instagram. Um dos manifestantes, que pediu para não ser identificado, afirmou ao Café com Informação que a obra é de propriedade da coordenadora de Turismo da prefeitura, Nilza Vicente Costa Santos. “Ela foi notificada que a obra dela foi embargada”, afirmou o prefeito Manassés Souza, em outro vídeo disponível na internet. “A pessoa estava quebrando a laje. Não estava construindo”, declarou Mica em contato com o site Café com Informação. O secretário confirmou que a obra é ligada a Nilza Vicente e ela permanece integrando a gestão municipal. De acordo com o manifestante, ao invés de parar os trabalhos, os serviços foram intensificados. “Ela quer inaugurar o restaurante no próximo verão”, relatou. A fonte acrescenta que a construção acontece sem o uso de EPI e com banheiros improvisados. O caso foi levado ao Ministério Público Federal. Nilza Vicente fala ao site Contatada pelo site Café com Informação, Nilza Vicente, afirmou que a obra está totalmente regular. “Eles ficaram na porta da prefeitura e não foram a obra e ver a documentação “, disse ela. “É de ficar escandalizado com o vandalismo que fizeram”. A dona do empreendimento questiona o movimento do coletivo por não ter uma pessoa responsável. A coordenadora anunciou que vai pedir proteção pessoal para ela e familiares. Ela também enviou documentação que atesta a legalidade da obra em Maraú.     “Manifestação pacífica e ordeira é legítimo, mas vandalismo jamais. Além de invadirem o Instagram da nossa pousada Barrabella mandando mensagens de baixo nível, criaram um insta para denegrir a imagem da pousada”, se defende Nilza. Foto: Instagram/Coletivo Península Maraú Compartilhe: