KPMG: preço do cacau pode impactar vendas na Páscoa 

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De acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), houve uma redução de cerca de 20% no recebimento de amêndoas e na moagem pela indústria processadora no ano passado, o que gerou um aumento no valor da matéria-prima de 189% a 300%. Na análise do sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, Fernando Gambôa, esse cenário afetou os preços dos ovos de Páscoa e demandou ações inovadoras por parte dos fabricantes para aquecer as vendas em uma das datas mais importantes para o setor.

“Uma das alternativas adotadas pela indústria na Páscoa foi implementar uma segmentação bem definida em função da quantidade de cacau no produto. Neste caso, os ovos com maior predominância desta matéria-prima estão com uma faixa de preço bem mais elevada que os demais. Para poder seguir competitivo, o setor reduziu a quantidade do principal ingrediente dos chocolates tradicionais e o substituiu por castanha, pistache, coco ou outras opções, que fazem o preço ser menor e mais atraente para o consumidor”, explica o sócio.

Apesar do cenário de mudança na produção devido ao preço do cacau, a expectativa da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) é que 45 milhões ovos de Páscoa sejam comercializados, este ano, além da possibilidade de escolher entre os mais variados 803 tipos de produtos de chocolates e 94 opções de novos itens.

“Nesta Páscoa, as empresas estão investindo em chocolates tradicionais com forte apelo de marketing, em que o principal chamariz é o personagem, brinquedo ou brinde que acompanham o produto. O mais importante é pesquisar os preços e a diversidade de opções, entre elas, barras, tabletes e bombons, em substituição aos ovos tradicionais. Vale consultar os valores, também, nas plataformas digitais”, conclui.


Foto: falco/Pixabay

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