“É uma realização pessoal e profissional muito grande. São 25 anos de criação da Fundação Baia Viva e a inauguração da usina de beneficiamento de pescado inicia um novo ciclo”, assim disse, visivelmente emocionada, a empresária, empreendedora, presidente da Fundação Baía Viva e também presidente da Associação Comercial da Bahia, Isabela Suarez, na inauguração da usina de beneficiamento de pescado situada em Bom Jesus dos Passos.
O empreendimento faz parte do projeto “Apoio ao saber-fazer das mulheres”, que muda a vida de 30 mulheres inicialmente, promete ser apenas o começo. Ele é fruto do acordo de cooperação técnica internacional entre a ONG italiana Associação Amici di Sardegna ETS e a Fundação Baía Viva, no âmbito do projeto. Ele ainda é apoiado pela Colônia de Pescadores Z3.
Isabela Suarez frisou que o projeto vai agregar valor a tudo o que já é captado do mar. “Tanto peixes quanto crustáceos. Vamos ter a chance de desenvolver novos produtos, muitos dos quais hoje nem imaginamos que sejam possíveis. Um bom exemplo é a tainha, que historicamente não tem tanto valor comercial. A cooperação que está sendo construída mostra como esse peixe pode ter inúmeros desdobramentos em termos de aproveitamento e geração de valor. É mais importante do que isso, é garantir que as marisqueiras sejam beneficiadas diretamente, reconhecendo o potencial do trabalho que elas já realizam há tanto tempo. Isso impacta diretamente na qualidade de vida dessas mulheres, fortalece sua autoestima e permite que elas assumam o protagonismo de suas próprias histórias”.
Infraestrutura
A usina está disposta numa estrutura de 100 m², dispõe de espaço para processamento do pescado, com bancadas e pias para higienização, caixas coletoras, depurador, fogão e freezers. Os mariscos passarão por etapas de lavagem, limpeza, cozimento, catação e congelamento, garantindo qualidade, rastreabilidade e maior valor agregado aos produtos. As marisqueiras terão aulas práticas para aprender a fazer outros produtos a partir do marisco, como linguiça, hambúrguer e patês.
A ação integra sustentabilidade e empreendedorismo a partir da pesca artesanal, promovendo inclusão produtiva, autonomia econômica das mulheres e preservação do conhecimento tradicional.
O presidente da Associação Amigos da Sardenha, Roberto Copparoni, reforçou a importância da parceria internacional. “Nosso trabalho não acaba aqui. Agora vamos começar outro percurso de cooperação junto com a comunidade e a Fundação Baía Viva. Depois de dar a volta ao mundo”, revela.
Foto principal Fundação Baía Azul
