Alessandra Nascimento
Os impactos das enchentes ocorridos no Rio Grande do Sul na economia brasileira serão sentidos a partir dos próximos meses. Inclusive a economia baiana não deve ficar imune a isto.
Em entrevista com Arthur Cruz, coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI. “Ainda não há como saber com as informações disponíveis, principalmente pelo IBGE, que monitora as principais pesquisas sobre o ritmo da atividade econômica do país, o real impacto da tragédia na economia do país”, explica e acrescenta: “Certamente haverá impactos inflacionários, com produtos como arroz, frutas e cereais sendo afetados, como na menor intensidade do consumo no varejo e na produção agropecuária, química calçadista e de máquinas e equipamentos, setores que se destacam na produção do estado”.
O coordenador comentou que, tocante à informações sobre o comércio inter-regional, ou seja, entre os estados, certamente haverá impactos para a Bahia. “A economia baiana teve um bom desempenho no primeiro trimestre do ano, crescendo acima dos índices nacionais, com o comércio varejista, indústria geral, serviços e geração de emprego impactando diretamente no desempenho”.
Ele salientou a estratégia para melhorar ainda mais a economia do estado continua centrada na atração de investimentos produtivos, intensificação dos investimentos públicos principalmente em educação e saúde, além do equilíbrio fiscal.
O Rio Grande do Sul é a quinta maior economia dentre os estados brasileiros, com predominância do agronegócio. O primeiro é São Paulo, seguido do Rio de Janeiro. Na terceira posição está Minas Gerais, na quarta o Paraná e depois do Rio Grande do Sul vem a Bahia.