Exportações baianas recuam 20,5% em fevereiro e fecham o bimestre com alta de 1,4%

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As exportações baianas tiveram queda em fevereiro, de 20,5%, comparado ao mesmo mês de 2023. O valor das vendas externas baianas alcançaram US$ 636,3 milhões no mês passado. Os dados do mês mostram que a queda de 37,5% nos volumes exportados pelo estado na comparação com fevereiro de 2023, enquanto os preços médios dos produtos comercializados aumentaram 27,2% são algumas razões. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A queda nas exportações no mês passado teve como reflexo uma redução de 53,2% nas vendas da indústria de transformação, e uma queda de 87,3% nos embarques dos derivados de petróleo, de 49,1% no setor metalúrgico, de 47,2% no setor químico/petroquímico e de 15,6% no de papel e celulose.

Agro cresce

O setor agropecuário aumentou 63,4% nas vendas ao exterior, destaque para soja, algodão e café, frutas e fumo. Na indústria extrativa, o aumento foi de 200,2%, fruto do grande aumento no embarque de minério de cobre, de níquel e magnesita.

Contudo a indústria de transformação tem sofrido impactos do cenário macroeconômico. O setor de refino, que desde o segundo trimestre do ano passado, não vem exportando grandes volumes de derivados, pela estagnação dos preços do petróleo no mercado internacional. Outra dor de cabeça é a Argentina cujas vendas seguem em queda constante (43,2% no bimestre). Lembrando que, até então, a Argentina é o terceiro maior destino para produtos industrializados baianos.

Se Argentina balança, a China se mantém na dianteira consolidando como maior destino para as exportações estaduais no bimestre, com crescimento de 125% no comparativo interanual e 28% de participação.

As importações tiveram retração de 14,5% ante o mesmo mês do ano passado, atingindo US$ 621,1 milhões. A queda das importações é creditada ao baixo dinamismo da indústria de transformação, cuja produção caiu 1,8% em 2023 e nas compras de combustíveis, que se retraíram em 28,5%.

Foto: David Dibert/Pexels.com

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