Especialistas repercutem aumento da Selic

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Nesta quarta (11), o COPOM elevou a taxa de juros Selic para 12,25% ao ano. Especialistas do mercado financeiro repercutiram a análise do Copom na última reunião presidida por Roberto Campos Neto.

Segundo Marcelo Bolzan, CGA, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, a alta de 1% mostra o mercado dividido entre uma alta de 0,75 e 1%. “Foi uma decisão unânime. O Copom comenta ainda que a inflação projetada para o segundo trimestre de 2026, situa-se em 4%, então houve uma subida forte nas expectativas”, revela.

Ele entende que o comunicado deixa  claro  que a dinâmica inflacionária está mais adversa. “O cenário atual é marcado por uma desancoragem adicional das expectativas de inflação, então veio com um tom mais pesado”.

Em sua visão mesmo que os juros elevados sejam ruins para a bolsa, o comunicado mostra um recado importante de que o Banco Central vai buscar convergir a inflação para o centro da meta.

Para o planejador financeiro e especialista em mercado de capitais, Idean Alves, o objetivo de ancorar as expectativas de inflação que saíram dos trilhos nos últimos meses, sinaliza que vai ficar dentro do esperado no médio prazo.

“Com o alinhamento de expectativas mais longo, além de outros fatores, o Copom preferiu com a alta de juros,  evitar que o cenário atual se perpetue por mais tempo. Destaque para a mesma justificativa de reuniões anteriores de que o cenário continua desafiador, em especial pelo receio com a inflação e desaceleração da economia dos EUA, em especial com a entrada do presidente Trump em 2025”, analisa.

Ele observa que as próximas reuniões tendo Gabriel Galípolo na presidência do BC, a vigilância quanto a inflação  deve permanecer, porém numa perspectiva menor de alta de juros, se a inflação  permitir.

“A Bolsa amanhã deve abrir em baixa, por conta da pressão dos juros locais, assim como os juros futuros precificando um cenário de mais altas. Acredito que o real deve se valorizar perante o dólar pela atração de fluxo com juros mais altos, que remunera melhor o capital estrangeiro”, comenta.

Foto lkzmiranda/Pixabay

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