Texto e foto Alessandra Nascimento / Café com Informação
O tema transição energética foi debatido na manhã desta quarta-feira, 12, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia, através do encontro ‘Transição Energética – Oportunidades na Bahia’. O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que preside a Comissão Especial de Transição Energética e relator do PL 2308/23, do chamado Combustível do Futuro, aprovado no ano passado, esteve presente. “A regulamentação permite ao Brasil sair na vanguarda da transição energética. Regulamentamos as debentures que permitem o financiamento a projetos na área da transição energética. Outro ponto fui relator do projeto do Combustível do Futuro que estabeleceu normas para a produção do etanol e vai aumentar. Temos a mistura de 27% atualmente e agora vai a 30%. O etanol que era da cana-de-açúcar que é 27% passa a ser do milho que responde por 20% da produção de etanol no país e tambem etanol de outras origens. Ele disciplina o biodiesel que vamos passar da mistura de 14% para 15% no biodiesel em março”, revela.
Jardim ressalta o impacto na produção da agricultura familiar e o biometano, oriundo de resíduos. “É importante salientar a destinação dos excrementos do setor agropecuário para serem transformados em biometano. Vou visitar uma planta de resíduos que já trabalha com essa produção. Quero ressaltar a importância do Combustível Sustentável da Aviação, chamado de SAF e o projeto foi disciplinador dessa temática. Aprovamos o Programa de Aceleração da Transição Energética, PATEN, e buscamos debater a implementação dessas políticas, além de conhecer os programas do governo do Estado. A Bahia tem tudo para ser protagonista e um estado líder nas ações de energias renováveis”, diz.
O presidente do Conselho de Petróleo, Gás e Energia da FIEB e vice-presidente de ESG, Relações Institucionais e Comunicação da Acelen, Marcelo Lyra, esteve presente no evento como debatedor e ressaltou a importância da aprovação dos projetos na Assembleia da Bahia para a transição energética. “A Bahia se coloca na competição como um player muito importante em relação à competitividade e capacidade em atrair investimentos. O Brasil está sendo o grande desencadeador da transição energética através de sua capacidade de produzir biocombustíveis com custos muito muito competitivos. A regulação atende a demanda global trazendo novas oportunidades de geração de riquezas para o país”, cita. Ele lembrou o projeto de US$ 3 bilhões da Acelen focado na produção de combustíveis renováveis a partir da macaúba. A empresa tem apostado na utilização do óleo de macaúba para produção em larga escala do Combustível Sustentável de Aviação. “O projeto da Acelen é de tecnologia brasileira e envolve centros de pesquisa, desenvolvimento genético das mudas e atração de conhecimento técnico ao país”, pontua.
Também estiveram presentes no evento Adriano Pires, economista e sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), que mostrou o panorama do mercado, passando por aspectos como regulação, infraestrutura e concessões.