Entidades se manifestam após BC aumentar a Selic

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Entidades se manifestaram após o Comitê de Política Monetária, Copom, aumentar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, alcançando 15% ao ano. A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) disse ver com preocupação a decisão de aumento da taxa de juros que, segundo a entidade, está em patamar mais elevado desde julho de 2006. Para a ABRAINC, é fundamental o comprometimento com uma estratégia de longo prazo para a redução sustentável da taxa Selic.

A ABRAINC reitera que o nível atual da Selic intensifica os desafios enfrentados pela economia brasileira. “Atualmente, o Brasil possui a 2ª maior taxa de juros reais do mundo e diante desse cenário, é importante que haja disponibilidade de financiamento ao setor imobiliário a taxas acessíveis. Juros elevados restringem o acesso ao crédito, inibem investimentos produtivos e ampliam o custo da dívida para empresas e famílias — afetando diretamente o consumo, a geração de empregos e o crescimento econômico. O aumento dos juros é um grande inibidor da atividade empresarial, pois aumenta a despesa das empresas com o pagamento de juros. Uma consequência disso é que apenas no 1° trimestre de 2025, 4.881 empresas pediram recuperação judicial. A quebra das empresas leva a um aumento no desemprego e prejudica o crescimento econômico. Embora compreenda que a medida tem como objetivo o controle da inflação, a ABRAINC defende a construção de um ambiente econômico onde as taxas de juros possam se manter consistentemente em patamares baixos e estimular investimentos, promover o desenvolvimento do mercado imobiliário e garantir que mais brasileiros possam realizar o sonho da casa própria”, frisa

Segundo a Confederação Nacional da Indústria, CNI, a nova alta da Selic é “incondizente com o cenário atual e prospectivo, pois a economia já manifesta os efeitos da política monetária constritiva, como a desaceleração da inflação. “Sem o início da redução da Selic, seguiremos penalizando a economia e os brasileiros. O cenário torna o investimento produtivo muito difícil no Brasil, com consequências graves para a economia”, reiterou o presidente da CNI”.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acredita que o BC vai manter a taxa de 15% ao ano até o fim de 2025. “O cenário doméstico apresenta sinais com diferentes apontamentos. A medida da inflação pelo IPCA mostra desaceleração, mas os serviços abaixo apresentados, refletindo um mercado de trabalho aquecido. A taxa de desemprego caiu para 6,6%, e a demanda interna impulsionou os setores de comércio e serviços, que permanecem em seus níveis históricos mais altos. A expectativa do PIB para o ano tem sido revisada para cima, reforçando a resiliência da atividade econômica”.

Foto: joelfotos/Pixabay

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