Emoção nas comemorações pelos 115 anos da Maternidade Climério de Oliveira

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O depoimento de Taíse Pinheiro, como usuária dos serviços humanizados da Maternidade Climério de Oliveira, marcou a sessão especial da Câmara de Salvador, na manhã desta sexta-feira (31), em comemoração pelos 115 anos da instituição, que é hospital-escola da Universidade Federal da Bahia. Ela deu seu testemunho do acolhimento que recebeu, em 2017, durante o parto prematuro do filho Levi. “Mesmo sabendo que ele poderia não sobreviver, fui acolhida por todos e instalada na Casa da Gestante, com transporte para ir e vir, enquanto meu filho permanecia na incubadora”. Após a perda do filho, em 2018, ela criou a ONG Mães de UTIneo, parceira da MCO, em reconhecimento pelo apoio que teve na fase de luto perinatal e na investigação da causa do parto prematuro, preparando-a para o nascimento do segundo filho.

Enfermeira, professora da UFBA e autora da Lei Maternidade Certa, que estabelece que toda mulher tem o direito de saber o hospital onde vai parir, para evitar a ansiedade na hora do parto, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) organizou e presidiu o evento. “A hora de parir tem que ser um momento de vida, de felicidade, não de dor. Somos nós que fazemos a vida”, declarou, relembrando que foi aluna da MCO e nunca perdeu o vínculo com a instituição.

“Nasci e pari lá”

A deputada-federal Alice Portugal (PCdoB) também demonstrou emoção ao falar da maternidade onde nasceu e fez questão de parir. “A Climério é motivo de orgulho do povo da Bahia e eu pari lá por escolha, já deputada, para demonstrar a confiança que eu tinha na maternidade que sempre defendi”, afirmou.

O reitor da UFBA, Paulo Miguez, fez três registros sobre a data: “Celebrar uma casa das mulheres; uma casa do SUS, uma das jóias da República Brasileira; e a nossa casa, da UFBA, um espaço dedicado à ciência e à pesquisa”. Além disso, acrescentou uma dívida de gratidão: “Lá nasceu minha neta”.

Banco de leite

A superintendente da MCO, Sinaide Coelho, frisou o nível de excelência da instituição, que atende 97% mulheres negras. “Não aceito menos do que um serviço público de qualidade. A Climério talvez seja a única maternidade voltada para gestantes em situação de vulnerabilidade”, destacando o acolhimento e programas de inclusão para pacientes em situação de rua, com transtornos mentais, dependência química e trans. Ela fez questão de reconhecer a parceria com o grupo Salvar, do Corpo de Bombeiros, representado na sessão por agentes da 12ª Companhia, responsável pelo trabalho de incentivo ao aleitamento e coleta de leite materno para o banco de leite da MCO.

O obstetra Carlos Menezes, diretor de Ensino da MCO, parabenizou também os “professores que atuam como preceptores apaixonados”. Renato Jorge, da Assufba, destacou a importância de Salvador ter uma vereadora como Aladilce, “com a sensibilidade e o compromisso de reconhecer o valor de uma instituição pública de excelência como a MCO”. Dolores Fernandez, diretora do Iperba, maternidade-irmã da MCO, falou sobre a importância do parto natural e humanizado e apoiou a campanha pela ampliação da Climério.

Durante o evento foram homenageados a superintendente Sinaide Coelho;  Carlos Menezes, Dolores Fernandez, as bombeiras do Salvar e representantes de diferentes setores do hospital. A parte cultural ficou por conta de Bonfim, da Assufba, e da cantora Lucy, enfermeira da MCO, acompanhada por Luca.

Fotos: Victor Queirós/Divulgação

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