Demanda por consumidores impulsiona mercado vegano

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O mercado de produtos e alimentos produzidos sem nada de origem animal está em ascensão no Brasil. Um dos motivos, segundo uma pesquisa da Euromonitor, é o aumento de flexitarianos: pessoas que seguem uma dieta nem totalmente vegana ou vegetariana, nem puramente carnívora. Ainda segundo a pesquisa, o consumo de produtos à base de plantas é majoritariamente feito por flexitarianos, cerca de 42%, enquanto veganos e vegetarianos representam 4% e 6%, respectivamente.

A ascensão está relacionada também à conscientização dos consumidores. Os flexitarianos têm feito a procura por alimentos, roupas e até cosméticos sem produtos de origem animal crescer, sendo avaliada em USD$ 19,7 bilhões em 2020, com a expectativa de USD$ 36,3 bilhões até 2030, de acordo com um estudo da Allied Market Research.

“Os consumidores se sentem bem ao comprar de uma marca vegana, pois mesmo que não sejam totalmente adeptos ao estilo de vida, querem começar aos poucos a colaborar para um consumo mais consciente”, conta Isabela Chusid, CEO e fundadora da Linus, marca de lifestyle sustentável criadora da primeira sandália vegana nacional. O produto é composto por 70% de fontes renováveis, material 100% reciclável e com uma pegada de carbono de 0,364kg CO2e, totalmente neutralizada pela empresa. Na pandemia, a marca cresceu 700% e, desde então, tem mantido um crescimento acelerado, dobrou de tamanho e de número de parceiros no último ano, expandiu para a Europa e anunciou a chegada ao Uruguai com 16 pontos de vendas físicos.

Segundo dados do Ministério da Economia, o número de empresas abertas com o termo “vegano” no nome cresceu mais de 500% na última década. De acordo com Marcella Zambardino, CIO e sócia fundadora da positiv.a, marca de produtos de limpeza e autocuidado ecológicos, o futuro das empresas é se tornarem sustentáveis ou deixarem de existir. “Os consumidores vão exigir esse posicionamento e transparência das empresas de qualquer setor. Isso também pode levar a um aumento na demanda por produtos e serviços sustentáveis, o que vai viabilizar a democratização dos preços, uma vez que a demanda dos consumidores deve aumentar”, reforça Marcella.

Pioneira, em 2018, ao colocar no mercado embalagens feitas de plásticos retirados do oceano, premiada Grandes Cases de Embalagem, com a linha Oceano Limpo, a marca foi também eleita uma das 10 Startups mais conscientes pelo Movimento Capitalismo Consciente Brasil. A empresa também assinou com a ONU e com o Sistema B, o compromisso de ser Net Zero até 2030, com mais 500 empresas B, durante a COP25.

Foto M4rtine/Pixabay

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