O custo da cesta básica dispara em nove capitais em novembro, segundo informa o Dieese que pesquisa 17 cidades. As maiores altas ocorreram em Brasília (3,06%), Goiânia (1,97%) e Belo Horizonte (1,91%). Já em Porto Alegre, o valor da cesta não variou em relação a outubro. Por outro lado, as quedas mais expressivas foram registradas em Natal (-2,55%), Salvador (-2,17%), Fortaleza (-1,39%) e Campo Grande (-1,20%).
São Paulo foi a cidade onde os alimentos básicos registraram maior custo (R$ 749,28), seguida por Florianópolis (R$ 747,59), Porto Alegre (R$ 739,18) e Rio de Janeiro (R$ 728,27). Nas capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 516,76), João Pessoa (R$ 548,33) e Salvador (R$ 550,86).
Nos 11 meses de 2023, o custo da cesta básica diminuiu em todos os municípios, com taxas entre -9,33%, em Campo Grande, e -0,67%, em Belém. Com base na cesta mais cara, que, em novembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração o salário mínimo e sua função de suprir as despesas do trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário deveria ter sido de R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o mínimo de R$ 1.320,00.
No mês de outubro, o valor necessário era de R$ 6.210,11 e correspondeu a 4,70 vezes o piso mínimo. Em novembro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.575,30 ou 5,43 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.
Salvador
Em novembro de 2023, o valor da cesta básica de Salvador foi R$ 550,86, considerado como o terceiro menor entre as 17 capitais pesquisadas, com redução de -2,17%, em relação a outubro. No comparativo com novembro de 2022, o valor da cesta teve leve aumento de 0,03%, ficando praticamente estável. No acumulado de 2023, janeiro a novembro, houve redução de -3,48%.
Entre outubro e novembro de 2023, seis produtos apresentaram queda no preço
médio: farinha de mandioca (-13,05%), tomate (-9,37%), banana (-4,61%), manteiga
(-1,54%), leite integral (-0,45%) e café em pó (-0,42%). Outros cinco produtos
registraram aumento de preços em novembro: arroz agulhinha (2,55%), óleo de soja
(2,43%), açúcar cristal (1,64%), feijão carioquinha (1,21%) e carne bovina de
primeira (0,71%). Não houve variação no preço do pão francês.
No mês de novembro de 2023, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário
mínimo de R$ 1.320,00, precisou trabalhar 91 horas e 49 minutos para adquirir a cesta básica e, em outubro, necessitou de 93 horas e 51 minutos.
Foto Tania Rego/Agência Brasil
