Em agosto de 2023, o custo da cesta básica da cidade de Salvador foi o terceiro
menor entre as 17 capitais pesquisadas, R$ 575,81, o que representa uma redução de
-3,39% em relação a julho. Em comparação com agosto de 2022, ou seja, nos últimos 12
meses, a cesta diminuiu -0,19% e, nos primeiros oito meses do ano, aumentou 0,90%.
Entre julho e agosto de 2023, oito produtos apresentaram redução no preço médio:
óleo de soja (-11,23%), tomate (-10,07%), feijão carioquinha (-6,05%), carne bovina
de primeira (-4,69%), leite integral (-1,02%), açúcar cristal (-0,93%), pão francês
(-0,86%) e manteiga (-0,09%). Outros quatro produtos apresentaram elevação em seus
preços: farinha de mandioca (7,29%), arroz agulhinha (0,53%), banana (0,17%) e
café em pó (0,10%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em seis dos 12
produtos da cesta: tomate (47,95%), farinha de mandioca (33,17%), arroz agulhinha
(14,00%), banana (4,41%), manteiga (3,09%) e pão francês (1,14%). Outros seis
tiveram redução no preço médio: óleo de soja (-33,20%), leite integral (-22,99%), feijão
carioquinha (-13,65%), carne bovina de primeira (-12,83%), café em pó (-2,37%) e
açúcar cristal (-2,06%).
Em agosto de 2023, o trabalhador de Salvador, remunerado pelo salário mínimo
de R$ 1.320,00, precisou trabalhar 95 horas e 58 minutos para adquirir a cesta básica.
Em julho, necessitou de 99 horas e 20 minutos. Em agosto de 2022, quando o salário
mínimo era de R$ 1.212,00, foram necessárias 104 horas e 43 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência
Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em agosto de 2023, 47,16% para
adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante
um mês. Em julho, o percentual gasto foi de 48,82%. Já em agosto de 2022, o trabalhador
comprometia 51,46% da renda líquida.
Fonte Dieese
Foto © Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo