As contas externas do Brasil registraram melhora suave em novembro do ano passado, mas ainda assim teve saldo final negativo de US$ 1,553 bilhão (cerca de R$ 7,6 bi.). A cifra representa um déficit menor do que o mesmo mês de 2022 (US$ 1,674 bilhões).
De acordo com o Banco Central, que divulgou os dados atualizados nesta quarta-feira (3), o valor apurado em novembro úlimo é o melhor para esse mês desde 2016, quando o negativo ao final do período foi de US$ 879 milhões. As transações correntes somam as compras e vendas de mercadorias e serviços e as diversas transferências de renda do Brasil com outros países.
Para o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, as transações correntes registram déficits decrescentes e baixos, principalmente em razão dos resultados positivos da balança comercial. O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 348,406 bilhões – aumento de US$ 8,159 bilhões em comparação a outubro.
A balança comercial (exportações – importações) teve superávit de US$ 6,673 bi. em novembro, ante saldo positivo de US$ 4,669 bi. em novembro de 2022. Na conta de serviços, que somou US$ 3,552 bi. no penúltimo mês de 2023, houve redução no déficit em transporte (passou US$ 1,488 bi. para US$ 934 mi.) e viagens (de US$ 641 mi. para US$ 527 mi.) e aumento em aluguel de equipamentos (aumento de 41,5%, indo de US$ 609 mi. para US$ 862).
Investimentos diretos
Houve ligeira alta no comparativo anual em ingressos líquidos via investimentos (estrangeiros) diretos no país (IDP) – US$ 7,780 bi., contra US$ 7,5 bi.. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 57,718 bilhões (2,68% do PIB) em novembro de 2023. A expectativa do BC é atingir US$ 60 bi. no acumulado do ano.
Nos 12 meses encerrados em novembro, o déficit em transações correntes é de US$ 33,655 bilhões, 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB). O acumulado de janeiro a novembro de 2023 indica um déficit de US$ 22,2 bi.,contra negativo de US$ 42,1 bi. no mesmo intervalode 2022.
Fonte: Agência Brasil Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
