Como a revolução tecnológica tem nos afetado?

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Igor Brandão – Analista de Sistemas, responsável pela área de TI na SEI

A cobiçada área de Tecnologia da Informação (TI) tem sido desejada por muitas pessoas que cogitam fazer uma transição de carreira ou planejam incorporá-la à área em que já atuam. Entre os jovens, cresce cada vez mais o interesse de trabalhar nessa área.

O que muitas pessoas não estão percebendo é que a TI já faz parte da grade curricular de muitas escolas – do infantil ao ensino médio – com rótulos de aula maker, robótica, lógica de programação, pensamento computacional e programação. Na faculdade, lógica de programação e programação estão na grade de muitos cursos que não são considerados de TI.

A Inteligência Artificial (IA) também tem despertado interesse, seja para saber como utilizá-la na resolução de problemas cotidianos, seja para se manter competitivo no mundo corporativo ou para compreender como será o futuro no mercado em que atua. Diversos países consideram a IA indispensável na competitividade entre as nações nas próximas décadas e estão incorporando a IA desde o ensino básico, publicando instrumentos legais e programas de governo.

A UNESCO publicou recentemente um framework de IA para professores, oferecendo orientações que permitem que escolas e educadores tenham direcionamentos relevantes na inclusão da IA nas grades curriculares a curto prazo.
Observando com atenção, já conseguimos perceber grandes diferenças na formação entre gerações em meio a mudanças significativas em poucos anos. As crianças que hoje estão no infantil chegarão ao fim do ensino médio com competências em desenvolvimento de sistemas e IA como algo básico e não um diferencial competitivo. As gerações que estão no ensino médio e faculdade tendem a ter a compreensão de que precisam complementar algumas lacunas, principalmente sobre as competências relacionadas à IA. As demais gerações estão tendo que se adaptar, o que tem causado uma diversidade de sentimentos e atitudes.

Em meio a todas essas mudanças, as incertezas e dificuldades em compreender como se preparar para o mercado de trabalho, com o uso intenso de tecnologias capazes de fazer muitas coisas, que até pouco tempo eram exclusivas do ser humano, têm comprometido a saúde mental, pois são questões adicionais àquelas tantas outras com as quais já convivemos.

Cabe a nós nos adaptarmos ao novo contexto, nos apropriando de informações chave que permitam relacionar o universo de informações que nos rodeiam e, aos poucos, ir montando este enorme quebra-cabeça. As mudanças não aguardam o momento em que nos sentimos preparados, mas oferecem sinais e oportunidades que não acontecem da noite para o dia. Fique atento para não ignorar esses sinais.

Foto Divulgação

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