O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -25 pontos em agosto numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos. Trata-se da segunda maior pontuação do ano.
Com -25 pontos em agosto, houve recuo do nível de confiança comparativamente ao mês imediatamente antecedente e ao mesmo mês do ano anterior. Quanto a julho, quando o indicador havia sido de -20 pontos, a diminuição foi de 5 pontos – interrompendo, assim, a trajetória com três altas seguidas. Em relação a agosto do ano passado, houve contração de 103 pontos, já que o ICEB havia sido de 78 pontos à época.
Entretanto, como sinaliza Luiz Fernando Lobo, integrante técnico da SEI, “dada sua pequena magnitude, o recuo na margem em agosto significou muito mais uma acomodação do que uma reversão da trajetória da confiança”. Nesse sentido, Lobo ressalta que “a perda reiterada de intensidade observada na recuperação de maio a julho terminou por se confirmar como prenúncio de certo esgotamento desse avanço em agosto”.
Em agosto, ao marcar -25 pontos, o ICEB registrou a décima pontuação consecutiva abaixo de zero. Além do mais, com uma leve queda na margem, o referido indicador se manteve na zona de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a 0 ponto) pela décima vez em sequência.
No que se refere aos setores, a contração do nível de confiança de julho a agosto não aconteceu de forma generalizada, visto que não ocorreu em dois dos quatro grupamentos (Agropecuária e Indústria, no caso). A queda em relação a agosto do ano passado, por outro lado, repercutiu em todas as quatro atividades.
Ao final, em agosto, dois dos setores assinalaram pontuação superior a zero: a Agropecuária, com 136 pontos; e a Indústria, com 11 pontos. As demais pontuações foram: Serviços, -49 pontos; e Comércio, -109 pontos. Dessa forma, o setor agropecuário foi o de melhor resultado pelo segundo mês seguido, enquanto a atividade de Comércio expôs o menor nível de confiança pela segunda vez consecutiva.
Do conjunto avaliado de temas, os itens crédito, capacidade produtiva e vendas foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis juros, inflação e PIB nacional apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.
SEI
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