A Cesta Básica de Salvador, calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) com base em 3.593 cotações de preços realizadas em 92 estabelecimentos comerciais (supermercados, açougues, padarias e feiras livres) da capital baiana, passou a custar R$ 565,65 no mês de outubro de 2025. Deste modo, quando comparado com o custo estimado no mês anterior, houve uma redução de 1,56% – diminuição de R$ 8,96 em relação a setembro.
Dos 25 produtos da Cesta Básica de Salvador, 14 registraram redução nos preços: cebola (-20,34%), banana-prata (-10,75%), cenoura (-7,44%), queijo muçarela (-6,21%), macarrão (-6,00%), arroz (-4,73%), carne de primeira (-3,98%), maçã (-3,79%), batata inglesa (-2,47%), carne de segunda (-2,35%), açúcar cristal (-2,18%), ovos de galinha (-1,91%), pão francês (-1,32%) e a farinha de mandioca (-0,98%). Enquanto 11 produtos apresentaram aumento: tomate (7,72%), óleo de soja (6,53%), queijo prato (6,36%), café moído (5,15%), linguiça calabresa (5,09%), leite (2,02%), manteiga (1,68%), feijão (1,20%), flocão de milho (1,01%), carne de sertão (0,80%) e o frango (0,79%).
Segundo o economista Denilson Lima, da Pesquisa de Preços ao Consumidor da SEI, “no mês de outubro, o elevado nível de oferta foi a principal razão para a redução dos preços de 14 dos 25 produtos que compõem a Cesta Básica de Salvador, como é o caso da cebola, em especial”.
De acordo com um grande cebolicultor da região de Irecê ouvido pela SEI, “os preços tendem a se manter assim nos primeiros dez dias do mês de novembro, podendo começar a subir a partir do dia 15 por causa das expectativas de chuvas em várias regiões do país. Entretanto, segundo a fonte, “se os preços realmente subirem, não apresentarão aumentos significativos”.
Em outubro de 2025, dos 25 produtos que compõem a Cesta Básica de Salvador, o subconjunto dos ingredientes relativos ao almoço soteropolitano – composto por feijão, arroz, carnes, farinha de mandioca, tomate e cebola – apresentou redução de 0,86% e foi responsável por 32,68% do valor da cesta. Por sua vez, o subgrupo de gêneros alimentícios próprios da refeição matinal soteropolitana – formado por café, leite, açúcar, pão, manteiga, queijos e flocão de milho – cresceu 0,49% e foi responsável por 36,71% do valor da cesta em outubro.
Por fim, o tempo de trabalho despendido por um trabalhador soteropolitano para obter uma cesta básica foi de 88 horas e 37 minutos, o que equivale ao comprometimento de 40,28% do valor líquido de um salário mínimo de R$ 1.404,15, depois de descontado o valor de 7,50% da contribuição para a Previdência Social.
Foto Jean Vagner /SEI
