Carros usados são cada vez mais buscados por brasileiros

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Alessandra Nascimento

O sonho de um carro zero km, saído de fábrica, cada dia tem se tornado mais distante da realidade financeira dos brasileiros. Um carro novo não sai menos de R$ 70 mil, podendo superar os R$90 mil, sem esquecer das dificuldades no financiamento com as altas taxas de juros, ao passo que os usados o valor medio sai a R$ 36,5 mil. Somando a isso, o veiculo novo sai com preço depreciado da concessionaria e segue perdendo mais valor de mercado à medida que é feito o emplacamento e pagamento de taxas.

O site Café com Informação conversou com Enilson Sales, presidente da Federação dos revendedores de veículos usados, FENAUTO, que nos apresentou uma análise sobre o mercado de veiculos seminovos. “Há mais de 12 anos a procura pelos seminovos vêm aumentando no país em termos de vendas que os novos”.

Ele prevê a comercialização de mais de 2,8 milhões veículos novos em 2023 ao passo que a previsão para usados e seminovos é de 15 milhões.

O presidente da entidade nos apresenta o ranking por região, destacando que ele é proporcional à população. O Sudeste, de acordo com Sales, responde por 45% dos veiculos comercializados no pais e essa tendência é seguida pelos estados conforme o tamanho da população. “São Paulo tem 30% dos veiculos comercializados no país, o segundo é Minas Gerais com 12,7%. A Bahia responde por apenas 3% do que foi comercializado em 2023”.

Crescimento

Em relação a expectativa de crescimento, Enilson Sales diz que em 2023, a entidade registrou crescimento de 9,5% e a expectativa para 2024 é de chegar aos 10%, porém ele ressalta que a expectativa depende do crescimento do PIB ser de até 3% com inflação dentro da meta.

Os veiculos básicos como o Gol e o Fiat Uno são os mais procurados e inclui na lista Picape Fiat Strada, Chevrolet S10 sentre alguns dos modelos mais adquiridos no país. O presidente da FENAUTO considera que, como as montadoras estão deixando de trabalhar com os veiculos mais simples, o que fez com que os consumidores de poder aquisitivo mais baixo vissem nos usados um filão importante, inclusive com mais opções de modelos e cores. “É o mercado que dita as regras e havendo demanda sempre haverá mercado para os usados”, diz.

Foto Agência Brasil/EBC

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