A busca por crédito no país teve uma pequena queda de -0,82% em agosto de 2024 em comparação com agosto de 2023. Na passagem de julho de 2024 para agosto de 2024, o número também caiu -0,77. É o que mostra o Indicador de Demanda por Crédito da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
“A queda na demanda por crédito em agosto reflete um possível enfraquecimento da confiança do consumidor, que pode estar mais cauteloso em relação ao endividamento, influenciado muitas vezes por restrições no CPF, uma vez que a inadimplência no país continua”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
Analisando o perfil do consumidor que buscou crédito em agosto, nota‐se que a maioria é masculino, com participação de 53,55%. Em relação a faixa etária, estão entre 40 a 49 anos, sendo estes 25,06% do total.
O indicador aponta que, do público consultado, 4,23% contrataram algum serviço de crédito. Os dados mostram que desse público, 83,56% contrataram Empréstimo e 15,55% Financiamento, totalizando 99,11%. Lembramos que um mesmo CPF pode contratar mais de um produto.
A participação mais expressiva contabilizada foi dos serviços de Intermediação monetária depósitos à vista (31,37%), seguido por Seguros de vida e não vida (29,17%), que totalizam 60,54% das consultas.
A pesquisa identificou que, no momento da consulta, 31,35% dos consumidores possuíam alguma restrição ativa.
“O aumento no número de pessoas com restrição no CPF limita o acesso ao crédito, o que pode criar um ciclo negativo para a economia. Os números de inadimplentes ainda trazem um cenário de endividamento elevado, onde consumidores enfrentam dificuldades para equilibrar suas finanças. Para tomar crédito de forma consciente, o consumidor deve avaliar sua capacidade de pagamento, comparar taxas, evitar comprometer mais de 30% da renda e priorizar crédito para necessidades essenciais”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
A região Sudeste apresentou a maior participação no número de consultas em agosto, com 46,84%, seguido pelo Nordeste (20,56%), Sul (18,51%), Centro‐Oeste (8,10%) e Norte (5,99%).
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