Adriano Villela
Realizada no Brasil pela primeira vez em 2010, a Black Friday se consolida no Brasil apesar de estar associada a casos de propaganda enganosa, principalmente por incluir descontos em preços aumentados na mesma proporção dias antes. Irregularidades existiram e existem, mas não anulam o fato de a superpromoção na última sexta-feira de novembro ter caído no gosto do consumidor. O evento começou nos Estados Unidos, em vendas do comércio eletrônico.
Projeção da Confederação Nacional do Comércio prevê um faturamento de R$ 4,64 bilhões na edição deste ano, nesta sexta-feira (24). O montante representa a maior movimentação da promoção no país e uma alta de 4,3% frente a 2022, descontando a inflação. “A data já é a quinta mais importante do varejo, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais”, revelou a entidade, em nota.
Neste cenário, as empresas se preparam para iniciar o boom de vendas que se encerrará no Natal. No setor automotivo, a Nissan é uma das montadoras a apostar em ofertas nesta sexta-feira. No varejo, a ideia é buscar o comprador até pelo WhatsApp.
Os bons números das vendas não devem inibir a cautela de quem vai aproveitar a data. Se apenas um grupo é alvo de golpes, ninguém quer fazer parte dele. Afinal, está difícil ganhar dinheiro. É preciso também uma cautela financeira com vistas aos gastos do Natal e do primeiro mês do ano.
Além de promoções fictícias, a Serasa Experian alerta para a existência de sites que imitam e-commerce verdadeiro, mas são operados por golpistas; custo abusivo de frete e mudança do preço na hora de passar pelo caixa, que não registra o desconto anunciado. A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) recomenda a cotação de preços para se prevenir de promoções eventualmente enganosas.
O órgão estadual também estará nas ruas fiscalizando o varejo baiano, sobretudo em Lojas de departamentos, de cosméticos, calçados, eletrodomésticos e comércio de rua. ” A operação visa orientar os consumidores e fornecedores para garantir a harmonia do mercado de consumo e trazer segurança ao/à consumidor/a no período”, afirma o superintendente do Procon-BA, Tiago Venâncio.
Foto: reprodução site da Serasa Experian