BAMIN fala sobre investimentos na Bahia

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O cenario econômico da Bahia segue com a perspectiva de investimentos de grandes empresas, principalmentea Bamin. O Site Café com Informação conversou com exclusividade com Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN, sobre Projeto Integrado da BAMIN na Bahia.

Site Café com Informação: Quais são as perspectivas de investimentos da BAMIN em seus projetos na Bahia?

Eduardo Ledsham: A BAMIN está construindo um novo corredor logístico de integração e de exportação para a mineração e para o agronegócio no Brasil, investindo R$ 20 bilhões nos projetos que incluem a Mina Pedra de Ferro, em operação na cidade de Caetité, e os projetos de solução logística integrada: Porto Sul, em Ilhéus, e a FIOL 1, que ligará Caetité a Ilhéus, com 537 km de extensão. A previsão é de que a ferrovia e o Porto Sul estejam prontos em 2027.


SCI: Qual a expectativa de demanda com a agroindústria e a mineração baiana para a FIOL a partir de 2027?


EL: A FIOL 1 terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas por ano. A BAMIN utilizará 40% desse potencial com o transporte do minério de ferro premium produzido em Caetité, disponibilizando o restante para o escoamento dos demais setores produtivos, em especial o agronegócio. O interior da Bahia possui uma economia produtiva pujante, com projetos importantes à espera da infraestrutura necessária para atender as demandas de mercado e ampliar o resultado das operações.

SCI: Qual o objetivo do projeto integrado?

EL: Focamos em interconectar, de maneira inteligente, as cadeias mineral e do agronegócio do estado a uma infraestrutura logística eficiente de escoamento, formada por ferrovia e porto. O resultado que esperamos é uma injeção crucial de fomento à competitividade dos negócios, ajudando a reduzir custos de transporte, com aumento do potencial de exportação. Este cenário pode levar a Bahia a se reposicionar de forma estratégica no contexto econômico do país

SCI: Com o novo PAC, o que muda com a estratégia logística da ferrovia ?

EL; Os recursos anunciados pelo novo PAC, do Governo Federal, não são direcionados à FIOL 1. O trecho de 537 km, entre Ilhéus e Caetité, é de responsabilidade da BAMIN, e conta com recursos investidos pela empresa. O impulsionamento das obras nos demais trechos da FIOL, através destes recursos públicos, tem reflexos indiretos e positivos para os projetos da BAMIN, uma vez que é interessante o direcionamento de um maior volume de cargas, oriundas dos demais trechos, ao trecho de operação da FIOL 1, ocasionando aumento da demanda de operação da ferrovia e do Porto Sul.

SCI: Qual a demanda atual do minério produzido pela BAMIN e a perspectiva de exportação ?

EL: A Mina Pedra de Ferro trabalha, atualmente, com a produção de 1 milhão de toneladas de minério de ferro premium por ano, mas verá sua capacidade saltar para 26 milhões de toneladas anuais quando o corredor logístico FIOL-Porto Sul estiver em operação em 2027. Neste momento atual, já trabalhamos com uma alta demanda por nosso produto, e tudo o que produzimos é exportado para o mercado internacional.

SCI: Qual a previsão da BAMIN de geração de empregos diretos e indiretos ?


EL: No projeto de solução logística integrada, que envolve Mina Pedra de Pedro, FIOL 1 e Porto Sul, a nossa expectativa é de que o número de postos de trabalho gerados chegue a cerca de 15 mil, no pico das obras, incluindo a demanda de contratações indiretas.

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