A Bahia reafirmou seu protagonismo no desenvolvimento regional ao participar da reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), que aprovou a maior programação da história do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE): R$ 52,6 bilhões para 2026, um avanço de 11,1% em relação ao ano anterior. O estado foi representado pelo vice-governador Geraldo Júnior e pelo secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, que reforçaram a importância de uma atuação integrada entre Governo Federal, Sudene, Banco do Nordeste e estados nordestinos.
Segundo Geraldo Júnior, a Bahia será o estado com maior volume de financiamentos em 2026: R$ 11,09 bilhões do FNE, confirmando sua relevância econômica e sua capacidade de articular políticas estruturantes. “A parceria da Bahia com o Governo Federal, a Sudene e o Banco do Nordeste é decisiva para garantirmos que os recursos dos fundos constitucionais cheguem a quem produz, gera emprego e movimenta a economia. Esses instrumentos de financiamento fortalecem nossa indústria, modernizam a agricultura e a pecuária, dinamizam o comércio e consolidam o turismo como vetor estratégico de desenvolvimento”, afirmou.
A distribuição aprovada pelo Condel contemplará setores essenciais para o desenvolvimento estadual: pecuária (R$ 12,41 bi), comércio e serviços (R$ 10,95 bi), infraestrutura (R$ 10,56 bi), agricultura (R$ 10,45 bi), indústria (R$ 6,3 bi) e turismo (R$ 1,7 bi), além do FNE Sol pessoa física (R$ 150 mi) e FIES (R$ 32,2 mi). Do total aprovado, 62% da programação (R$ 32,6 bilhões) serão destinados a mini, micro, pequenos e pequenos-médios empreendedores, uma prioridade também defendida pela Bahia, pela sua capacidade de dinamizar cadeias produtivas e fortalecer economias territoriais.
O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, ressaltou que o conjunto de decisões aprovadas amplia a capacidade de investimento e reforça uma visão de desenvolvimento adaptada às especificidades nordestinas: “As medidas aprovadas reforçam nosso compromisso com um crescimento includente e sustentável, que considera as particularidades econômicas e ambientais que caracterizam o Nordeste”, afirmou.
Já o secretário estadual do Planejamento, Cláudio Peixoto, destacou a necessidade de ampliar os fundos constitucionais para segmentos emergentes ligados à inovação, cultura e ciência. Ele defendeu a inclusão da economia criativa e da Amazônia Azul como novos eixos estratégicos para financiamento.
O Condel também aprovou a modernização do marco regulatório do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), com normas mais ágeis, maior flexibilidade documental e contrapartidas sociais e territoriais aprimoradas. Outra deliberação relevante foi a inclusão do tema “Recaatingamento da Caatinga” nas diretrizes do FNE Verde, ampliando o alcance de ações ambientais estruturantes.
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