O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -50 pontos em outubro, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – indicando um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da nona pontuação abaixo de zero seguida.
No mês, ao registrar -50 pontos, o ICEB captou recuo da confiança em relação a setembro (quando o indicador marcou -24 pontos). Assim, em comparação ao mês imediatamente antecedente, a queda foi de 26 pontos – insuficiente para anular a alta anterior (de 31 pontos), mas interrompendo o movimento de duas subidas consecutivas.
Entretanto, como sinaliza Luiz Fernando Lobo, especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais da SEI, “a queda recente parece mais uma acomodação diante das altas nos dois meses anteriores, até porque a oscilação líquida da confiança no trimestre de agosto a outubro ainda resulta positivo”.
No que se refere aos setores, a retração do nível de confiança de setembro a outubro não aconteceu de forma generalizada, visto que houve avanço em um dos quatro grupamentos. De um mês ao outro, o setor de Comércio foi o único com ampliação na confiança. A atividade de Serviços, por sua vez, foi a que exibiu a maior queda.
Em outubro, apenas um dos quatro setores assinalou pontuação superior a zero: Agropecuária, com 26 pontos. Os demais resultados foram: Indústria, -52 pontos; Serviços, -70 pontos; e Comércio, -14 pontos. Enquanto o setor de Agropecuária foi o de melhor pontuação pelo quarto mês em sequência, a atividade de Serviços registrou o menor nível de confiança.
Do conjunto avaliado de temas, os itens crédito, juros e câmbio foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis PIB nacional, PIB estadual e capacidade produtiva apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.