Americanas receberá aumento de capital de R$ 24,5 milhões

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O conselho de administração das Lojas Americanas aprovou o aumento de recursos de R$ 24,46 bilhões, sendo que parte dos recursos – R$ 12 bilhões – são oriundos do capital dos acionistas. Também foi incluído dinheiro novo e conversão de empréstimo à empresa. Já foram investidos cerca de R$ 2 bilhões através de empréstimo DIP em 2023 e, neste ano, até o momento, foram mais de R$ 3,5 milhões.

Vale lembrar que o aumento de capital entende que a emissão de R$ 18 bilhões de ações do grupo a um preço de R$ 1,30. Com isso o capital social das Americanas passa a ser de R$ 39,9 bilhões, representado por 19,7 bilhões de ações ordinárias, segundo comunicado emitido pelas Americanas. A expectativa, a partir desse novo aumento de capital, é que a recuperação judicial entre na etapa final. Após essa fase seguem as etapas de: pagamento de credores (que venderam dívidas com desconto no leilão de abril); emissão de debêntures para liquidar dívidas anteriores e o pagamento da dívida remanescente.

Relembre o caso

As lojas Americanas, gigante do ramo varejista nacional, informou um rombo contábil bilionário em 11 de janeiro de 2023. Na época a empresa alegou ter encontrado em seus balanços contábeis “inconsistências em lançamentos” no valor de quase R$ 20 bilhões.

O então presidente, Sergio Rial, que assumiu após a saída de Miguel Gutierrez, ex-CEO da empresa , decidiu deixar o comando após apenas nove dias à frente da gestão do Grupo.

A partir de então iniciou-se uma verdadeira corrida para se desfazer dos papéis na B3 por investidores, fazendo com que as ações das Americanas caíssem 80% em um único dia, com a fuga continuou nos pregões seguintes.

Rial teria dito que as estimativas iniciais levavam a crer que o rombo havia não teria sido registrado de forma apropriada ao longo dos últimos anos.

Em 19 de janeiro, a Americanas pediu a recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro e teve suas ações retiradas da B3. A seguir ela apresentou plano de recuperação que foi aprovado em 19 de dezembro do ano passado. A dívida final apresentada no plano foi de mais de R$ 50 bilhões, sendo a trabalhista de R$ 82,9 milhões e a fraude de resultado de R$ 25,2 bilhões ao final de 2022.

O processo de recuperação teve aporte financeiro do trio de bilionários e acionistas – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles — seguido de venda de ativos. Todos esse conjunto de ações fez com que a plataforma de pesquisas para o mercado financeiro Quantum Finance considerasse que o valor da dívida envolvida na recuperação judicial da Americanas fosse o maior do Brasil em andamento

Foto: Divulgação / Americanas

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