Neste 2 de outubro, data que marca o nascimento do líder pela paz Mahatma Gandhi (1869–
1948), a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) protocolou, na Câmara de Salvador, projeto de lei instituindo o Dia Municipal da Não Violência.
“Em tempos tão violentos, precisamos homenagear Gandhi, símbolo mundial da luta pacífica pela justiça social, pela igualdade e pela liberdade”, justificou.
A proposição, segundo ela, visa fortalecer a cultura da paz e inspirar práticas cotidianas de convivência não violenta, em um contexto social marcado por crescentes índices de intolerância, discriminação e conflitos interpessoais. “A não violência, como princípio ético e político, propõe não a passividade, mas sim a transformação ativa das relações humanas e institucionais por meio do diálogo, da empatia e do respeito”, argumenta Aladilce, líder da bancada da oposição.
Fundação Ocidemnte
Praticar a não violência, frisa a vereadora, é adotar uma postura de resistência ética diante da injustiça e de compromisso com a construção de soluções pacíficas e justas para os conflitos. A homenagem a Mahatma Gandhi com o Dia Municipal da Não Violência foi uma sugestão do filósofo, escritor e ativista social Gel Varella, da Fundação Ocidemnte, criador da Banda Mahatma e de projetos como Quarta da Paz e Integrarte.
Segundo ele, a data para apresentação do projeto de lei não poderia ser mais inspiradora: “Hoje celebramos o aniversário de nascimento de Mahatma Gandhi, símbolo universal da paz e da resistência não violenta. Sua trajetória inspira gerações em todo o mundo a compreender que a verdadeira força não está na violência, mas na consciência, na justiça e no amor pela humanidade”.
Instituir a data, na sua opinião, “é um novo marco para Salvador, integrando forças e resgatando o pensamento da não violência como prática política, pedagógica e cidadã. Que este gesto simbólico se transforme em prática cotidiana, lembrando-nos de que a verdadeira revolução começa em cada um de nós — no respeito, no diálogo e na consciência de que somos parte de uma mesma humanidade”.
Consulta Pública
A instituição da data pela Câmara requer uma consulta pública, por meio do preenchimento de formulário, que pode ser acessado através da leitura do QR Code em anexo.
Foto: Victor Queirós/Divulgação