Diante da leitura do projeto do Executivo propondo a instituição do Plano Municipal de Segurança Pública, lido por ela na mesa da sessão desta quarta-feira (10), a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da oposição na Câmara de Salvador, disse esperar que o envio da mensagem do prefeito ao Legislativo não inclua o compromisso de tramitação em regime de urgência. “A última votação deste ano está prevista para o dia 17, que já é na próxima semana. Não tem sentido mandar agora, no final da legislatura, um projeto tão complexo”, alertou.
Ela reconheceu que a cidade precisa de um reforço na segurança, mas enfatizou: “Nós não podemos aprovar um projeto dessa natureza sem a escuta da sociedade, sem fazer audiências públicas, sem ouvir os órgãos de direitos humanos, os órgãos de segurança, o Judiciário, a população”.
“Não somos figurantes”
Aladilce espera que a intenção do Executivo, ao mandar logo a proposta do Plano Municipal de Segurança para a Câmara, tenha sido uma espécie de aviso de que está preocupado com a questão da segurança. “Se for por isso, tudo bem. Mas se ele (prefeito Bruno Reis) está pensando que nós aqui vamos concordar em discutir, em uma semana, um projeto dessa complexidade, está redondamente enganado”, avisou.
E acrescentou, da tribuna da Câmara: “Nós não estamos aqui como figurantes, nós temos responsabilidade sobre as políticas públicas que apresentam para a nossa cidade. Portanto, eu espero que o presidente desta Casa (vereador Carlos Muniz) ouça os apelos da nossa bancada e não coloque em votação esse projeto”.
Foto Antônio Queirós/Câmara de Salvador
