Sem funcionar há 8 anos, o Conselho Municipal do Meio Ambiente não tem participado das decisões sobre liberação de alvarás e licenças ambientais para empreendimentos em Salvador. A denúncia foi feita da tribuna da Câmara, na sessão desta terça-feira (3), pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da Bancada da Oposição, que cobrou da prefeitura a reativação do órgão. Ela citou como exemplo o desmatamento de área de Mata Atlântica no bairro de São Rafael, que apesar de ter sido embargado pelo Inema na última sexta-feira (30), foi reiniciado nesta manhã, mobilizando a comunidade local e grupos ambientalistas. A informação do Secretário da SEDUR é de que o alvará foi concedido mas nós questionamos essa licença, sem plano de resgate da fauna e sem apreciação do Conselho de Meio Ambientemesmo com todas as irregularidades, como ausência de plano de resgate de fauna, é ter alvará da prefeitura. “E nós questionamos como esses alvarás estão sendo concedidos, ao arrepio da lei”, frisou.
Ao convidar todos para a sessão especial pelo Dia do Meio Ambiente, que será realizada nesta quinta-feira (5), às 9h, no Centro de Cultura da Câmara, Aladilce citou as inúmeras denúncias de crimes ambientais na cidade, como a liberação para construção de inúmeros espigões em área de preservação do Manguezal do Rio Passa Vaca, em Patamares, o último da capital baiana. “A pauta do meio ambiente é fundamental para o nosso debate nessa Casa, um debate que tem que ser feito com profundidade, pelo que Salvador representa para o bioma da Mata Atlântica, figurando entre as cidades que mais perderam áreas que deveriam ser preservadas”.
Foto: Antonio Queirós