Na sessão de quarta-feira (12), a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada da oposição na Câmara de Salvador, criticou o cronograma apresentado pela Fundação Getúlio Vargas para a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, que sugere adiar a conclusão do processo para 2027.
No documento a instituição afirma que “em vista do processo eleitoral de 2026, e a necessidade de realização de audiências públicas, sugere-se que o cronograma seja ampliado de forma a evitar a politização das audiências públicas”.
Aladilce rebateu: “É no mínimo estranho que a FGV, instituição de outro estado contratada pela prefeitura por R$3,6 milhões, com dispensa de licitação, sugerindo que os trâmites sejam finalizados após as eleições de 2026, para que o processo não seja contaminado pelas eleições. Caso o executivo acate a sugestão da FGV, a proposta só será encaminhada para a Câmara apreciar em 2027, o que é um absurdo porque isso já deveria ter acontecido há mais de um ano”.
E acrescentou: “Na minha opinião, e da nossa bancada, esta é uma postura inadequada, pois não caberia à FGV opinar sobre a época que julga mais ou menos indicada, mas sim desenvolver o projeto de revisão. O que é que a FGV tem a ver dando opinião sobre o processo político da cidade, se eles foram contratados para apresentar um estudo técnico?”.
Aladilce fez também um apelo ao presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), no sentido de que não coloque mais em tramitação nenhum projeto do Executivo que inclua alterações no PDDU ou na Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS). “Está claro que esse tem sido o método da prefeitura, fatiar a revisão do PDDU e da LOUOS e embutir em projetos aparentemente comuns”, alertou.
Foto Victor Queirós/Divulgação
