A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) assinam, nesta terça-feira (11), às 17h, na COP30, em Belém, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para elaborar estudo sobre resíduos têxteis industriais e pós-consumo no Brasil. A assinatura será realizada no espaço da Agência (Pavilhão 2, n. 60), na Zona Verde (Green Zone), pelos presidentes Ricardo Cappelli (ABDI) e Fernando Pimental (Abit).
O acordo vai mapear fluxos, volumes e práticas de destinação de resíduos têxteis para preencher lacunas de informação e apoiar políticas públicas baseadas em evidências. A expectativa é que os resultados desse estudo apoiem a entrada do setor têxtil no Recircula Brasil, programa de rastreabilidade e certificação de materiais, desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e operacionalizado pela Central de Custódia.
Em um ano e meio, o Recircula Brasil já rastreou e certificou, a partir de notas fiscais eletrônicas, cerca de 50 mil toneladas de plástico reciclado, provenientes de mais de 300 fornecedores e direcionados a clientes dos setores alimentício, de bebidas, construção civil, eletroeletrônicos, entre outros. Além do plástico e do setor têxtil, a expectativa é que o programa passe a rastrear e certificar cadeias como a do alumínio, do vidro e do papel utilizados pela indústria nacional.
O painel Recircula Brasil: circularidade na indústria também vai discutir as principais tendências globais de circularidade, o decreto 12.688/2025, que instituiu o Sistema Nacional de Logística Reversa de Embalagens Plásticas no paísm e contará com participações do secretário adjunto de Economia Verde e Descarbonização do MDIC, Lucas Ramalho; do presidente executivo da Abiplast, Paulo Teixeira (online); e da assessora sênior da Alliance to End Plastic Waste (AEPW), Marina Rossi, organização global que reúne empresas da cadeia do plástico, além dos presidentes da ABDI e da Abit.
A mediação do painel será realizada por Carlos Silva, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Resíduos Sólidos e membro do Conselho Consultivo do Secretário Geral da ONU para o assunto.
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