Indústria da ”Saúde Digital” deve triplicar receita até 2030, alcançando US$ 810 bilhões

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Durante a próxima meia década, os incentivos à saúde global estarão em pauta pela Agenda 2030 da ONU. Diante da urgência em ampliar a qualidade e o acesso democrático à rede de cuidados, o fenômeno da ‘saúde digital’ tornou-se, para além de um facilitador, um mercado atraente aos olhos de acionistas.

Segundo estimativas da Data Bridge Market Research, a categoria deve emplacar US$ 810 bilhões até 2030. Crescendo à uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 15%, o montante representa uma receita 3x maior que o ano de 2022, quando projetou uma arrecadação de US$ 255 bilhões.

Levando soluções inteligentes para pacientes no conforto das casas, a escalada do setor se deve ao uso de smartphones, tablets e demais plataformas móveis, que facilitou a interação entre profissionais e a comunidade assistida. Isso explica a popularidade recente de consultas via telemedicina, acesso à prontuário eletrônico, triagem médica por chatbots e plataformas integradas de gestão hospitalar.

Outro fenômeno que tem ganhado a atenção de líderes e autoridades da saúde é a combinação entre inteligência artificial e análise de dados. Prova disso é que o mercado de IA’s nos serviços de saúde vem se expandindo a uma média de 37%, segundo dados cruzados da Precedente Research.

Imersos nesse cenário, os fundadores da healthtech Doctor Smart, Jean Marcos e Matias Berrueta, são empresários à frente da corrida pelas IA’s no Brasil. Trazendo inovação ao setor de saúde digital, Jean explica que o uso do ‘machine learning’ e a análise preditiva de dados têm transformado etapas burocráticas nos serviços de saúde.

Segundo o CEO, o investimento em saúde digital passou a impactar os indicadores de eficiência operacional, reduzindo filas em clínicas e hospitais, melhorando a qualidade de vida e descentralizando a rede de cuidados. “Na época dos nossos pais, buscar atendimento médico quase sempre significava enfrentar longas filas, esperar meses por uma consulta e ter pouco acesso a especialistas, especialmente fora dos grandes centros. Hoje, com o avanço das tecnologias digitais, conseguimos romper essas barreiras. A inteligência artificial, aliada a sistemas de automação e análise de dados, está tornando o cuidado mais ágil, acessível e humano”, elucida.

Diante das dificuldades que enfrentou quando trabalhava na Unidade de Saúde da Família (USF), Jean decidiu apostar em um modelo inovador de startup que combinasse inovação e desburocratização da rede de cuidados. Esse é o caso da Doctor Smart, healthtech que aproxima médicos e pacientes em uma rede única de gestão; dispondo de exames, prescrições, agendamento e consultas, tanto presenciais quanto via telemedicina, em uma só plataforma.

A expansão tecnológica da startup, no entanto, só foi possível graças à expertise do desenvolvedor sênior Matias Berrueta. Com ampla experiência internacional e atuação em grandes empresas do setor nos Estados Unidos, Matias trouxe para o Brasil uma visão global sobre arquitetura de sistemas e segurança de dados; pilares que sustentam o modelo inovador da healthtech. “Nosso desafio sempre foi unir tecnologia de ponta à simplicidade de uso. Desenvolvemos uma plataforma intuitiva, escalável e segura, capaz de atender desde consultórios individuais até grandes redes de saúde”, destaca o cofundador.

Com essa estratégia, a Doctor Smart iniciou suas operações com 10 contratos ativos e uma receita estimada superior a R$ 30 mil somente no primeiro mês. O ritmo de crescimento acelerado da startup reflete as estimativas da organização: em dois anos, a healthtech planeja um faturamento de R$ 10 milhões, com uma média de 100 novos cadastros na plataforma/por mês.

Para Jean, os dados reforçam a valia do mercado nacional de healthtechs, entre os países latinos do setor. Segundo dados do “Relatório HealthTech Recap”, o Brasil detém 64% das startups em saúde investidas, seguidas por México (16%) e Argentina (4%). “Essa disparidade mostra o potencial único do Brasil em atrair investimentos e desenvolver soluções inovadoras para os desafios da saúde. Nosso ecossistema de startups está mais maduro, com capacidade para criar tecnologias que realmente transformam a experiência do paciente e otimizam a gestão dos serviços”, explica.

“Com o Brasil liderando o mercado de healthtechs na América Latina, temos uma oportunidade singular de transformar desafios históricos em soluções reais. A maturidade do nosso ecossistema e o avanço das tecnologias digitais nos permitem melhorar a experiência do paciente, otimizar a gestão dos serviços e, principalmente, ampliar o acesso à saúde de forma democrática e eficiente”, conclui Jean.

Foto Freepik

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