Em setembro, custo da cesta básica é menor em 22 capitais

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O valor dos alimentos diminuiu em 22 das 27 capitais onde o DIEESE, em parceria com a Conab, realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre agosto e setembro de 2025, as maiores quedas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Entre as cidades com elevação do valor da cesta, destaca-se Campo Grande (1,55%).


São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 842,26), seguida por Porto Alegre (R$ 811,44), Florianópolis (R$ 811,07) e Rio de Janeiro (R$ 799,22). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74) e Natal (R$ 610,27).


Entre setembro de 2024 e o mesmo mês de 2025, nas 17 capitais onde é possível comparar os valores da cesta nesse período, os preços aumentaram em todas as localidades, com variações entre 3,87%, em Belém, e 15,06%, em Recife. No acumulado no ano, entre dezembro de 2024 e setembro de 2025, 12 dessas 17 capitais tiveram alta e cinco apresentaram queda. As maiores elevações ocorreram em Recife (4,69%), Porto Alegre (3,54%) e Salvador (3,06%).

As capitais com as principais variações negativas foram Brasília (-3,15%) e Goiânia (-3,00%). Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em setembro de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.075,83 ou 4,66 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00. Em agosto, o valor necessário era de R$ 7.147,91 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo. Em setembro de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.657,55 ou 4,71 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.

Cesta x salário mínimo
Em setembro de 2025, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica nas 27 capitais foi de 99 horas e 53 minutos, menor do que o registrado em agosto, quando ficou em 101 horas e 31 minutos. Já em setembro de 2024, considerando as 17 capitais com série histórica completa, a jornada média foi de 102 horas e 20 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verificou-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, nas 27 capitais pesquisadas em setembro de 2025, 49,09% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos e, em agosto, 49,89% da renda líquida. Em setembro de 2024, considerando as 17 capitais com série histórica completa, o percentual médio ficou em 50,29%.

Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

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