Alessandra Nascimento – editora
Dr Lucas Andrade, fundador e VP de Estratégia e Novos Negócios da Clínica Florence e Dra Yanne Amorim, coordenadora Médica da Clínica Florence Unidade Salvador, receberam a imprensa nesta terça-feira, 7, para abordar a importância dos cuidados paliativos no tratamento médico.
A ação faz parte do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, a ser comemorado no próximo dia 11, mas que ainda é cercado de tabus no Brasil.
A Clínica Florence, referência nacional em tratamento e cuidados paliativos, está atuante desde 2017. Ela tem 94 leitos na unidade de Salvador e atende até 70 pacientes por mês. Ao longo dos oito anos de criação já realizou mais de 5 mil atendimentos. Com 400 colaboradores em Salvador e na unidade de Recife, as duas edificações foram pensadas na humanização do paciente que sofre com doenças cronicas ou em estagio avançado de uma comorbidade sem cura.
Dr. Lucas Andrade revela que a Florence trabalha com 3 linhas de pacientes: pós AVC; pós fratura de fêmur e pós UTI. Ele menciona a importância do tratamento paliativo humanizado nos casos pós AVC e os efeitos na recuperação do paciente.
“Pacientes que sofrem AVC tem os primeiros 90 dias para serem reabilitados pois o cérebro atua na reativação das áreas impactadas. Passando esse prazo é muito mais difícil a reabilitação. Pacientes de pós fratura de fêmur, falamos de pessoas com idade avançada encontram a necessidade dos cuidados paliativos fator essencial na sua recuperação “, revela.
Ele comenta que no ato da internação, os pacientes são avaliados, recebem suporte de equipe multidisciplinar que estende o suporte para a família e rede de apoio visando acolhimento e bem cuidar.
Dra Yanne Amorim, que coordena a Clínica Florence de Salvador, ressalta a importância do amparo familiar. “O médico paliativista vai atuar com o paciente, familiares, dentre outros atores que lidam no dia a dia da rotina daquele paciente. O cuidado paliativo alivia o sofrimento e também busca a reinserção do paciente em sua rotina, quando for o caso. Focamos na melhor qualidade do tratamento” , observa.
Tecnologia como apoio
Dr. Lucas ressaltou o avanço da tecnologia da informação como aliada no tratamento e divulgação de conhecimentos paliativos. “De maneira mais rápida se consegue compartilhar as informações minimizando assimetrias entre o paciente e a família”, frisa.
Ele ressalta que o valor da diária de internamento oscila para cada paciente mas a média é de R$ 2 mil, contra a diária de R$ 10 mil de internamento em UTI. “Percebemos que, com o aumento da expectativa de vida da população e mais avanços tecnológicos proporcionando maior longevidade e qualidade de vida esse segmento de saúde tende a se expandir no Brasil”, observa.
Foto Alessandra Nascimento/Café com Informação