PIB do setor de serviços cresce no 2º Trimestre

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O setor de serviços registrou um crescimento, sendo o principal motor da expansão econômica. O resultado do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2025 revelou uma expansão de 0,4% em relação ao trimestre anterior e de 2,2% frente ao mesmo período de 2024. Embora esses números representem uma clara desaceleração no comparativo  com o início do ano, o país manteve trajetória positiva.

O dado central é que esse crescimento só foi possível graças ao setor de serviços, que avançou 0,6%, confirmando sua posição como principal vetor de sustentação da atividade econômica nacional.

Responsável por cerca de 60% do PIB, o setor de serviços demonstrou resiliência com o arrefecimento geral da economia, influenciado por juros elevados, queda nos investimentos e reversão das colheitas agrícolas. Esse desempenho foi decisivo para evitar uma retração mais acentuada do PIB.

O dinamismo dos serviços tem efeitos multiplicadores na economia, sobretudo no mercado de trabalho. Como o setor é intensivo em mão de obra, sua expansão ajuda a manter níveis de emprego elevados, sustentando o consumo das famílias, que cresceu 0,5% no período. Esse ciclo de renda e consumo se torna particularmente relevante em momentos de retração de investimentos, já que a demanda interna passa a ser um dos poucos motores de sustentação do crescimento.

Além disso, ao assegurar expansão moderada da atividade, o setor de serviços contribui para um cenário de desaceleração da inflação, especialmente nos serviços prestados às famílias, que têm maior peso no IPCA. Isso abre espaço para o Banco Central avaliar cortes graduais na taxa Selic, atualmente em patamar restritivo.

O bom desempenho dos serviços tem efeitos indiretos sobre a política monetária, influenciando positivamente as condições de crédito e de investimento para os próximos trimestres.

Riscos e desafios

Apesar desse quadro, alguns pontos de atenção permanecem. O setor de serviços, embora resiliente, pode sofrer impacto indireto da desaceleração global e de eventuais restrições comerciais externas, como as tarifas recentemente implementada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

Além disso, sem retomada consistente dos investimentos produtivos e da indústria de transformação, a economia corre o risco de permanecer excessivamente dependente do consumo corrente e de serviços, limitando ganhos de produtividade e de crescimento sustentado.

Foto Freepik

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