Redução de juros gerará mais empregos no setor de serviços, aponta análise da CNS

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Uma análise da assessoria econômica da Confederação Nacional de Serviços (CNS) sobre os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) indicam que, apesar do desempenho positivo, o setor enfrenta desafios como a alta taxa Selic. No patamar atual, (a taxa) encarece o crédito e pode desacelerar contratações no segundo semestre.

Além disso, a alta rotatividade no mercado formal (turnover de cerca de 4,5%) sinaliza instabilidade, destaca a CNS no boletim encaminhado para a base de representados.

A expectativa é que, com uma possível redução da taxa de juros, o setor de serviços amplie sua capacidade de geração de empregos, especialmente nas áreas digitais e de serviços especializados.

O presidente da CNS, Luigi Nese, destaca que o setor de serviços continua a ser o motor do mercado de trabalho formal no Brasil, com um desempenho robusto no primeiro semestre de 2025. “A criação de empregos, aliada ao aumento da renda e à inclusão social, reforça a importância desse setor na recuperação econômica do país. No entanto, a manutenção desse crescimento dependerá de fatores como a política monetária e a confiança empresarial”.

CAGED

Do total de empregos gerados em Junho, o setor de serviços obteve um saldo positivo de 77.057 mil dos empregos formais (46% do total). No acumulado do ano, o setor já gerou 643.021 postos de trabalho, o equivalente a 53% de todos os empregos formais criados no primeiro semestre de 2025.

Desempenho do CAGED – Junho de 2025

No período o Brasil criou 166.621 empregos formais.

O Setor de Serviços responde por  77.057 novas vagas e foi o principal responsável pela geração de empregos, destacando-se em segmentos como informação, comunicação, serviços financeiros e administrativos.

Sobre o acumulado do ano,  entre janeiro a junho de 2025, o setor de serviços acumulou 643.021 novas vagas, representando 53% do total de empregos criados no semestre. Impactos Econômicos

No que diz respeito à geração de renda, o setor impulsiona o consumo interno, ampliando a arrecadação e estimulando cadeias produtivas adjacentes.

Grande parte das admissões está na faixa de 18 a 24 anos, com predomínio de ensino médio completo, o que indica importante papel do setor na inserção dos jovens no mercado formal.

O setor de serviços representa mais de 70% do PIB e responde rapidamente a estímulos de política econômica portanto, seu desempenho é fundamental para sustentar a atividade em um cenário de juros ainda altos.

Os dados registraram saldo positivo no nível de emprego em 6 (seis), dos Grandes Grupamentos de Atividades Econômicas: Transporte, armazenagem e correio (9.023 postos); Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (41.477 postos); Alojamento e alimentação (7.369 postos); Serviços domésticos (42 postos); Outros Serviços (6.325 postos); Administração pública (12.821 postos).

Foto Jeshhoots.com/Pexels

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