Os deputados do Partido Liberal – PL: Hélio Lopes (RJ), Sóstenes Cavalcante (RJ), Cabo Gilberto (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (RO) e Rodrigo da Zaeli (MT) protocolaram na terça-feira (5), novo pedido de impeachment, no Senado Federal, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, (STF). A medida, liderada pelo deputado Hélio Lopes, amplia a ofensiva da oposição contra o STF após ele ter decretado, na última segunda-feira, 4, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os deputados acusam o ministro, através do documento de crime de responsabilidade, abuso de autoridade, improbidade administrativa, censura e violação das garantias constitucionais de liberdade de expressão e imunidade parlamentar.
Prisão de Bolsonaro é estopim
A ofensiva dos parlamentares do PL contra o ministro Alexandre de Moraes acontece após ele ter decretado a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele chegou a proibir o ex-presidente de receber visitas, inclusive dos filhos, mas voltou atrás e liberou visita dos filhos e netos nesta quarta-feira, 6. Durante a prisão, o ministro do Supremo mandou a Polícia Federal apreender celulares na casa do ex-presidente. Moraes alegou que determinou a prisão domiciliar após supostamente Bolsonaro ter usado as redes sociais de aliados, dentre eles seus três filhos parlamentares, para se expressar durante as manifestações do último domingo (3) quando a direita tomou as ruas pedindo anistia aos participantes do 8 de janeiro.
A pouco foi divulgado por boa parte da imprensa que a decisão de Moraes sobre a prisão de Bolsonaro não teria sido unânime entre os colegas do STF.
Além do pedido de impeachment, o ministro Alexandre de Moraes sofre sanções por parte dos EUA através da Lei Magnitsky, que está sendo acusado pelo governo norte-americano de usar a Corte para praticar violações de direitos humanos.
Parlamentares acampados
Outro revés está no movimento dos parlamentares do PL que desde a tarde de ontem tomaram à Câmara e impedem o retorno das atividades do Congresso até que seja votado um projeto de anistia aos presos e condenados pelos atos de vandalismo de 8 de janeiro, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e a proposta de extinção do foro privilegiado.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil