A festa cívica da Independência do Brasil na Bahia ainda repercute na Câmara Municipal de Salvador, por meio das manifestações das vereadoras Ireuda Silva (Republicanos), Aladilce Souza (PCdoB) e Eliete Paraguassu (PSOL).
A vereadora Ireuda Silva, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara, ressaltou a importância da data para a história da Bahia e do Brasil, com um olhar especial para o protagonismo feminino na luta pela independência. Para a parlamentar, a participação das mulheres foi decisiva e ainda precisa ser mais valorizada e reconhecida.
“O 2 de Julho é uma das datas mais significativas para o povo baiano e para a consolidação da independência do Brasil, mas é também o momento de lembrar que as mulheres tiveram papel central nessa vitória, muitas vezes silenciadas pela história oficial. Precisamos continuar resgatando e enaltecendo nomes como Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica, símbolos de coragem e resistência”, afirmou a vereadora.
Ireuda destacou ainda que a luta dessas mulheres permanece viva e inspira as batalhas atuais por igualdade, justiça e respeito. “O legado delas segue pulsando em cada mulher que ocupa espaços de poder, que enfrenta desigualdades e que luta por um país mais justo. O 2 de Julho clama para que sigamos firmes, garantindo que as vozes femininas nunca mais sejam ignoradas”, completou.
Reconhecimento
Por sua vez, a vereadora Aladilce Souza celebrou o reconhecimento da luta dos baianos pela independência do Brasil. “Este é um dia histórico. O presidente Lula fez justiça e esteve aqui, junto com o povo baiano, para afirmar que, finalmente, nossa data mais importante entrará para os livros de História do Brasil”, comemorou.
A parlamentar também parabenizou a deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA), autora da Lei nº 12.819/2013, que elevou o 2 de Julho à condição de efeméride nacional. “Agora, o presidente Lula avança e reconhece a data como marco da consolidação da independência do Brasil”, acrescentou.
Memorial
Já a vereadora Eliete Paraguassu propôs, por meio do Projeto de Indicação nº 34.642/2025, a criação do Memorial das Mulheres Negras Maria Felipa de Oliveira. Segundo a parlamentar, o espaço representará um gesto de reparação histórica à heroína da independência baiana, por muito tempo invisibilizada pela historiografia oficial.
“Nosso mandato entende que é necessário homenagear e reconhecer a importância das mulheres negras como protagonistas na luta por seus direitos e na construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Além disso, com a criação do Memorial Maria Felipa, vamos fortalecer a educação antirracista no município e valorizar referências fundamentais para as novas gerações”, justificou.
De acordo com a proposição, o memorial funcionará em um espaço físico já existente em Salvador, como escolas, centros culturais ou bibliotecas públicas, ou, ainda, de forma itinerante, com ações realizadas em bairros, comunidades quilombolas, escolas públicas e praças, por meio de rodas de conversa, exposições, oficinas e cine-debates.
Foto: Assessoria da vereadora Aladilce