A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) lançou a campanha “Vamos falar sobre plástico”. A iniciativa vai promover ações informativas e de sensibilização da população sobre a importância do descarte adequado desse material para a preservação do meio ambiente e as melhores práticas para reciclagem e reutilização.
“Vamos falar sobre plástico” integra a agenda ESG da Abiquim. “Eliminar a poluição plástica é um desafio ao alcance de todos. Estamos passando por um momento de transição de toda a indústria para termos um futuro sustentável, sem retrocessos econômicos e sociais. A Abiquim e a cadeia produtiva do plástico estão comprometidas em alcançar o equilíbrio entre produção e reciclagem, incentivando a economia circular e garantindo o cumprimento das metas estabelecidas na agenda global para sustentabilidade”, explica André Passos Cordeiro, presidente executivo da Associação.
Criada pela JOR, a campanha tem como objetivo engajar não só os cidadãos, mas instituições governamentais, indústrias, associações, imprensa e formadores de opinião na discussão sobre combate à poluição plástica. A ação pretende fomentar avanços na circularidade do material e traz peças publicitárias, veiculadas nos principais portais, spots para rádio, mídia digital programática, além de anúncios em revistas segmentadas.
A iniciativa também reúne, no portal www.vamosfalarsobreplastico.org.br, dados concretos e materiais informativos sobre o uso e o impacto ambiental desse material. No site, é possível conhecer mais sobre a história do plástico; logística reversa e exemplos de iniciativas bem-sucedidas para promover a economia circular; projetos de inovação para as melhores práticas em reciclagem e reutilização; principais regulamentações brasileiras sobre o uso e descarte de plásticos, incluindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos; além de informações sobre as tratativas para o tratado global contra poluição plástica.
Atuação Abiquim
Embora os produtos que utilizam plástico sejam essenciais ao cotidiano, o descarte incorreto desse material tem acarretado sérios problemas ambientais. Mas o combate à poluição plástica tem sido o norteador das ações da Abiquim, que trabalha para promover avanços tecnológicos e iniciativas na indústria química para desenvolver materiais mais sustentáveis e soluções inovadoras para o gerenciamento de resíduos.
Entre as recentes conquistas alcançadas, destaca-se a sanção da Lei 15.022/2024, no último dia 13 de novembro. A norma é considerada o novo marco regulatório da segurança química e cria o Inventário Nacional de Substâncias Químicas, que tem como foco a avaliação e o controle do risco dos insumos em circulação no país. A legislação é fruto do trabalho da Abiquim junto ao Poder Executivo e Legislativo, com o objetivo de trazer uma regulamentação clara para o setor.
O compromisso em aumentar o nível de reciclagem e de reutilização de materiais plásticos no Brasil também se reflete na participação da Abiquim na quinta rodada de negociação do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC-5), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), realizada em Busan, na Coreia do Sul, entre 25 de novembro e 01 de dezembro, com a presença de representantes de 175 nações, incluindo o Brasil.
“A Abiquim defende uma abordagem equilibrada, que foque em mudanças sustentáveis e práticas. A indústria está engajada em alcançar a neutralização de emissões de carbono até 2050 e já trabalha em metas de aumento do conteúdo reciclado e da reciclagem, participando ativamente de debates como o Decreto de Logística reversa e o Programa Nacional de Resíduos Sólidos”, ressalta André Passos Cordeiro.
Indústria Química
Provedora de matérias-primas e soluções para diversos setores econômicos – agricultura, transporte, automobilístico, construção civil, saúde, higiene e até aeroespacial – a indústria química instalada no Brasil é a mais sustentável do mundo. Para cada tonelada de químicos produzida, ela emite de 5% a 51% menos CO2 em comparação a concorrentes internacionais, além de possuir uma matriz energética composta por 82,9% de fontes renováveis – no mundo, essa média é de 28,6%. Esta marca só foi possível graças a uma série de pesquisas, inovações e melhorias que foram introduzidas pela química ao longo dos anos, paulatinamente, como a eletrificação de equipamentos e produção in loco de energia renovável, bem como a migração de fontes fósseis para insumos alternativos, como o etanol.
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