Final do ano e as famílias começam a planejar o que fazer com o dinheiro extra do 13º salário que neste ano vai injetar na economia nacional cerca de R$ 321,4 bilhões segundo calcula o Dieese. Por outro lado, indicadores apontam que o brasileiro andou se excedendo em 2024. Estudo da Fecomércio SP mostra que 77% das famílias brasileiras têm algum tipo de dívida a pagar com 29% das famílias com contas em atraso e pelo menos 13% não têm perspectivas de quitar os débitos.
A economista e professora do curso de Administração da UniCesumar, Juliana Franco, dá algumas dicas para conseguir se safar com o recurso extra que vem no final do ano para os assalariados. O 13º salário terá a primeira parcela paga até esta sexta-feira (29) e a segunda deve ser paga até 20 de dezembro.
A economista indica algumas ações interessantes para melhor aproveitamento do abono e saída do vermelho. “Faça uma lista de necessidades e outra de prioridades. Coloque todas as suas necessidades no papel pois é uma ótima forma de visualizar os gastos que terá pela frente e definir prioridades, pensando no que precisa ser comprado agora e no que pode esperar um pouquinho. Não esqueça de separar uma parte para gastar e outra para poupar
Liste as suas necessidades e estabeleça algumas prioridades, depois mapeie o que cabe dentro do dinheiro que irá receber, sem estourar o orçamento”, cita.
Juliana Franco também chama atenção para a priorização do pagamento de dívidas, enxugando gastos que possam “corroer” a renda no futuro, como os juros. “Você não precisa usar todo o seu 13º salário para quitar dívidas, mas quanto antes começar a se empenhar para sair da inadimplência, mais cedo poderá planejar suas conquistas. Considere antecipar parcelas do financiamento. Pode ser vantajoso usar o valor extra do 13º salário para antecipar algumas parcelas ou fazer a quitação antecipada. Invista em suas habilidades como em uma faculdade, curso técnico ou profissionalizante, especialização ou, ainda, aprender uma nova língua”, menciona.
Outras dicas dadas pela especialista são manter o diálogo familiar. Ela orienta que o planejamento financeiro seja feito em parceria para ter uma noção melhor dos gastos coletivos e pensar em conjunto nas possibilidades e desafios das finanças da família. Juliana ainda orienta um planejamento para o início do ano. “Muitas despesas podem surgir no começo do ano, como: IPTU, IPVA, matrícula e material escolar. Usar o 13º para já se preparar para essas necessidades pode aliviar o estresse financeiro nos primeiros meses de janeiro e fevereiro. Também é necessário o autocuidado e lazer. Se a saúde financeira e as prioridades estão em dia, usar uma parte do 13º para lazer, viagens curtas ou atividades de autocuidado pode ser um bom modo de relaxar e recarregar as energias para o próximo ano”, observa e conclui: “O segredo está no equilíbrio, gastar de forma consciente, sem comprometer o futuro financeiro!”.
Foto: nosheep/Pixabay