O Governo da Bahia deu mais um passo significativo na diversificação da agricultura no estado. Por meio de um arranjo institucional que envolve a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), em parceria com a Embrapa e a Uneb, estado da Bahia está apostando na tamareira como uma nova alternativa de geração de renda para os agricultores locais. O governador Jerônimo Rodrigues recebeu o embaixador dos Emirados Árabes Unidos, Saleh Alsuwaidi, e representantes da Al Foah Company para discutir os próximos passos de uma parceria com a empresa para o planejamento iniciado de tâmaras em solo baiano.
Após a reunião em Salvador, a comitiva, acompanhada pelo secretário da Agricultura, Wallison Torres, e pelo diretor da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Paulo Sergio Luz, seguiu para Juazeiro, onde realizam visita de campo e avaliar as áreas de plantio.
“Essa parceria representa um marco para a agricultura baiana”, afirmou o secretário Wallison Torres. “Estamos trazendo para o estado uma cultura com grande potencial de gerar renda e desenvolvimento para os agricultores, além de fortalecer a nossa posição como um estado inovador e sustentável”, enfatizou.
O clima quente e seco do semiárido baiano se mostra ideal para o desenvolvimento da tamareira, uma planta de grande valor comercial, especialmente no mercado do Oriente Médio. A tâmara, com seu alto valor agregado, tem potencial para transformar a agricultura local, oferecendo novas oportunidades econômicas para os agricultores da região.
A missão técnica percorreu as cidades de Juazeiro e Barreiras, identificando áreas com as características ideais para o cultivo da tamareira. Em fase de testes, as mudas serão plantadas em regiões estratégicas do Semiárido baiano, como o Território do São Francisco e a Bacia do Rio Grande. Essas áreas estão sendo qualificadas para receber as mudas, que atualmente se encontram em quarentena na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (CENARGEN), garantindo que estejam livres de quaisquer doenças antes de serem transferidas para o campo.
O projeto, que teve início em 2023, é fruto de um esforço conjunto entre o governo do estado. A parceria com a Al Foah, que trouxe sua expertise internacional para o projeto, promete acelerar o desenvolvimento e a implementação das técnicas de cultivo possíveis para garantir a produtividade e a qualidade das tâmaras produzidas na Bahia.
Ao todo, serão mais de duas mil doadas pela Al Foah Company. As espécies foram selecionadas de acordo com os climas e solos que serão base para o experimento na Bahia. O Brasil já recebeu 110 mudas de tamareira, que estão no CENARGEN, em Brasília, aguardando o tempo de observação sanitária da planta para posterior teste nas regiões norte e oeste do estado.
Doze variedades de tâmara foram enviadas para estudos nos biomas do Cerrado e da Caatinga, onde foram identificadas semelhanças climáticas e de solo com o país árabe. O acompanhamento será feito pela Embrapa e pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
O trabalho será realizado em conjunto com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), para transporte de tecnologias de micro aspersão e de aprimoramento genético para efetivar o plantio da tamareira no Brasil.
A expectativa é que a primeira colheita ocorra entre dois e três anos, trazendo resultados significativos para a economia local. O governador Jerônimo Rodrigues destacou que a Bahia tem o potencial de ser o principal exportador brasileiro de tâmara em seis anos, à medida que o planejamento deve alcançar sua estabilidade.
Informações e Foto: Seagri Ba