Foi aberto na noite de quinta-feira (18) e vai até domingo (21), no Centro de Convenções, o Festival Internacional do Chocolate e Cacau de Ilhéus-Chocolat Bahia 2024. O evento, com o apoio do Governo do Estado, reúne cerca de 200 produtores e mais de 100 marcas de chocolates de origem do Sul da Bahia, que a cada ano conquistam consumidores do Brasil e do exterior.
Durante os dias do Chocolat Festival, além da exposição e comercialização de produtos e serviços, acontecem atividades como Fórum do Cacau, Choco Day, Cozinha Show, Cozinha Kids, Rodadas de Negócios, Atelier do Chocolate e apresentação de artistas regionais. O acesso ao festival é feito através de um Tunel Sensorial, que remete os visitantes à sensação de entrar numa fazenda de cacau cabruca.
O secretário de Agricultura, Wallison Tum, afirma que o Governo de Estado tem atuado no sentido de fortalecer a lavoura cacaueira do Sul da Bahia: “e o festival é um evento que incentiva investimentos na produção de amêndoas de qualidade e consolida o sul da Bahia como a capital brasileira de chocolates de origem”.
O Governo da Bahia marca presença no evento com uma série de atividades. No Empório da Agricultura Familiar, são comercializados produtos de 27 territórios de identidade da Bahia. São mais de 60 itens como doces, geléias, licores, cerveja, iogurtes, queijos, cafés e bombons, mostrando toda a diversidade do Estado.
Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, 70% dos produtores de cacau são agricultores familiares: “e estamos apoiando uma cultura que gera emprego e renda e garante uma vida digna para milhares de pessoas. Além disso, o cultivo de cacau cabruca é único no mundo e contribuiu para a conservação do meio ambiente”.
Jeandro Ribeiro, da Compahia de Ação Regional, enfatiza que “o festival serve como vitrine para a produção da agricultura familiar, não apenas o chocolate, mas de todos os nossos territórios de identidade. É uma grande oportunidade de negócios para as cooperativas e associações de produtores”.
Turismo e empreendedorismo
Um dos espaços do governo no festival é o estande da Economia Solidária, coordenado pelo Cesol-Litoral Sul, com produtos de associações regionais, que recebem apoio para capacitação e comercialização. O secretário de Trabalho, Emprego e Renda, Davidson Magalhães afirma que “esse é um evento de divulgação da região e se tornou um espaço importante para comercialização de produtos da economia solidária. O Sul da Bahia deixou de ser apenas produtor de amêndoas, para produzir chocolates de qualidade, reconhecidos no Brasil e no Exterior”.
O artenasato e o turismo da Bahia também estão presentes, no Chocolat Festival, em estandes onde os expositores expõe e comercializam suas obras e são divulgadas as atrações turísticas do Sul da Bahia e das demais regiões do Estado. O secretário de Turismo, Maurício Bacelar, ressalta que “o Chocolat Festival é também um grande divulgador do turismo, atraindo pessoas do Brasil e do Exterior e mostrando as imensas belezas naturais e a rica cultura do Sul da Bahia”. Ele lembra que a Estrada do Chocolate, uma iniciativa do Governo do Estado, a primeira rodovia temática da Bahia, com fazendas centenárias e hoje focadas também na sustentabilidade, tem impulsionado a economia regional, que, hoje, atravessa um novo ciclo de desenvolvimento.
Fábricas-escolas e solidariedade
A educação profissional para a produção de chocolate também é destaque no Chocolat Festival. A Secretaria de Educação instalou um estande com professores e estudantes das fábricas-escolas dos centros estaduais e territoriais de educação profissional do chocolate Nelson Schaun, em Ilhéus; do Cacau e do Chocolate Milton Santos, em Arataca; do Baixo Sul, em Gandu; e do Médio Rio das Contas, em Ipiaú. Além de demonstrarem como é o processo de produção de chocolates, os estudantes também apresentam derivados de cacau, confeccionados como parte do processo de ensino aprendizagem que portas para um mercado de trabalho cada vez mais promissor.
Uma das novidades desta edição foi a ampliação de espaços de órgãos do Governo do Estado expondo seu trabalho. Um exemplo foi o Conjunto Penal de Itabuna, que montou um estande para mostrar o artesanato produzido pelos reeducandos na unidade, além de todos os programas e projetos voltados para a reinserção social dos apenados por meio da Educação e das atividades laborativas.
Marco Lessa, coordenador do Chocolat Festival, afirma que, em 13 anos, o evento contribuiu para a criação de cerca de 200 marcas de chocolates de origem: “além de incentivar a adoção de novas tecnologias, o empreendedorismo e um modelo de produção sustentável no Sul da Bahia. O nosso chocolate de origem não é apenas um produto para ser degustado, mas também remete a uma história celebrizada mundialmente por Jorge Amado”.
Texto e fotos: Daniel Thame/GOVBA