Sala de imprensa do Carnaval homenageia José de Jesus Barreto

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A sala de imprensa do Carnaval de Salvador, no Campo Grande, vai homenagear em 2024 o jornalista e escritor soteropolitano José de Jesus Barreto.

Aos 75 anos, Barretinho, como é chamado pelos amigos, gosta de dizer que é um operário da linguagem. Também, pudera: já fez um pouco de tudo na Comunicação. Trabalhou em jornais, revistas, rádio e televisão, foi professor, atuou com assessoria de imprensa, inclusive na Prefeitura de Salvador, e em campanhas políticas. Nos últimos anos, tem dedicado-se às colunas sobre futebol no site Bahia Já e a escrever livros.

O espaço, que oferece apoio aos jornalistas que cobrem a folia, será inaugurado nesta quinta-feira (8), às 11h, com uma coletiva do prefeito Bruno Reis. Curiosamente, no dia seguinte, Barreto completa 76 anos. Nascido num domingo de Carnaval, ele sempre teve a festa no centro de sua trajetória, tanto profissional como pessoal. É considerado uma das testemunhas de tantas mudanças que a folia experimentou: como jornalista, cobriu o surgimento dos blocos Afro e da Axé Music; na Secretaria de Comunicação, ajudou a projetar o evento para o mundo.

“O Carnaval em Salvador é uma transformação contínua. É como a vida, que está sempre mudando, e isso é ótimo. Não sou saudosista do ‘antigamente’, eu gosto do ‘hojemente’. Acho que o Carnaval resume todas as diferenças, misturas, divergências e entendimentos. Enfim, tudo o que é a sociedade, de um modo geral, está tudo aí, contido no Carnaval. A festa na Bahia é diferente das demais por isso: não é só um espetáculo, é um retrato, uma espécie de recorte, de tudo o que é Salvador”, opina Barreto.

Nos últimos anos, Barreto tem se dedicado à literatura. É autor dos livros da trilogia Entre Amigos, dedicada a Carybé e Pierre Verger e à relação deles com a obra de outros artistas, como Jorge Amado e Dorival Caymmi. Também publicou duas edições sobre a vida de Mestre Pastinha, criador da Capoeira de Angola, e os livros “Candomblé da Bahia – Resistência e Identidade de um Povo de Fé” e “Cacimbo – Uma experiência em Angola”.

Fotos: Associação Bahiana de Imprensa / Divulgação

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