O Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes, firmou assinatura nesta terça-feira (19) de duas ordens de serviço que autorizam obras estruturantes em Mato Grosso do Sul. A ideia é consolidar uma das rotas rodoviárias com direção ao Oceano Pacífico.
Com as autorizações, serão investidos R$ 711,6 milhões em recursos públicos para a construção do acesso à terceira ponte internacional entre Brasil e Paraguai e a recuperação e adequação de 104 quilômetros de pavimento da BR-267/MS.
“É uma orientação do ministro Renan Filho termos uma logística melhor para o agronegócio, para o escoamento do que produzimos. Dessa forma, poderemos acessar os melhores canais, valorizar as nossas riquezas. As ordens de serviço assinadas hoje tratam justamente dessa temática”, destacou o ministro interino dos Transportes, George Santoro, durante a solenidade de assinatura, em Campo Grande (MS). De acordo com ele, o objetivo da pasta é encontrar soluções para desatar os nós logísticos do país e aumentar a conectividade entre os países da América do Sul.
As obras
Para o acesso à ponte, serão construídos 13,1 quilômetros na BR-267/MS, além de um centro aduaneiro de controle de fronteira, no município de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com Carmelo Peralta, no Paraguai. Com investimento de R$ 472 milhões, a obra do Novo PAC integra a rota bioceânica que ligará o Centro-Oeste brasileiro ao Paraguai e à Argentina, até chegar aos portos de Iquique e Antofagasta, no Chile.
As obras autorizadas no lado brasileiro darão acesso à nova ponte sobre o Rio Paraguai, que está em andamento e a previsão de conclusão é em 2025. A construção foi viabilizada por meio de parceria entre os governos do Brasil e do Paraguai, com recursos da Itaipu Paraguai de cerca de US$ 89 milhões.
A medida também vai ao encontro com o projeto de desenvolver rotas de integração e desenvolvimento sul-americano, fomentado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, como forma de incentivar o comércio do Brasil os outros países latinos e reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias até a Ásia. O financiamento das obras é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dentre outras entidades financeiras.
Foto: Marcio Ferreira/MT