*Por Matheus Pagani, CEO da Ploomes
Todas as empresas deveriam ser especialistas em vendas – sejam elas de produtos ou serviços, do setor de beleza, alimentício, de tecnologia ou de qualquer outro. Embora oferecer produtos de qualidade seja o mínimo esperado, poucas organizações compreendem o valor de investir em ferramentas que agregam profundidade aos negócios. Construir estratégias de expansão, saber direcionar investimentos e proporcionar boas experiências aos clientes parecem ainda práticas subestimadas.
Você já se questionou sobre o que faz um cliente retornar ao seu negócio? Ou por que eles se mantêm comprometidos em contratos de longo prazo? Para responder a essas perguntas, é preciso abrir a discussão, o cerne desse segredo não está apenas em um aspecto analítico sobre vendas, mas também na adoção e investimento em tecnologias.
Empresas como Amazon, iFood, Mercado Livre, Phillips, Ebanx e VR Benefícios exibem sempre seus feitos no campo das vendas. No entanto, o que poucos percebem é que por trás do sucesso delas, estão softwares sofisticados que impulsionam seus empreendimentos. O segredo dessa conquista é a tecnologia e suas ferramentas que, se bem utilizadas, sustentam esse cenário, viabilizam pedidos online, fazem recomendações personalizadas, disponibilizam canais de comunicação variados e eficientes, possuem métodos de pagamentos simplificados, além de obter processos ágeis que garantem qualidade e segurança. Tudo isso feito por sistemas de ERPs, CRMs, integrações com IAs, Chatbox, cloud computing (nuvem), entre outros.
No Brasil, o investimento em tecnologia ainda é baixo. De acordo com a 34ª edição da pesquisa anual sobre o Mercado Brasileiro de TI da Fundação Getúlio Vargas (FGV), empresas de médio e grande porte destinam apenas 9% do seu faturamento líquido para gastos e investimentos em TI. Além disso, o Brasil detém somente 1,65% dos investimentos globais em tecnologia, ocupando a décima posição no ranking mundial, com US$45,7 bi aplicados. Os dados são da International Data Corporation (IDC) e foram analisados pela ABES.
Enquanto isso, empresas internacionais avançam rapidamente, ampliando a diferença econômica e de maturidade. A Amazon, por exemplo, registra a cada segundo US$4.722 em vendas, totalizando mais de US$17 milhões por hora. Ela representa 45% das vendas por e-commerce nos EUA.
A tecnologia, portanto, não somente dita o futuro da economia, como remodela o comportamento de compra. Afinal, 87% dos clientes preferem comprar de marcas que proporcionam boas experiências no digital, de acordo com a pesquisa CX Trends 2023.
A adoção de ferramentas tecnológicas traz vantagens que impactam diretamente na experiência do cliente e no sucesso de vendas. Esses benefícios abrangem uma compreensão mais nítida do comportamento do mercado, preferências dos públicos-alvo, centralização de informações, atendimento personalizado, estratégias de precificação, customização de ações conforme perfis, automação de tarefas, rapidez no processo de vendas, engajamento de vendedores e segurança da informação.
Apesar dos avanços, é essencial reconhecer os desafios inerentes à revolução tecnológica nas vendas. Privacidade dos dados do consumidor, dependência excessiva de algoritmos e necessidade contínua de inovação são alguns dos pontos críticos.
No entanto, esses desafios também concretizam oportunidades. Ao buscarmos soluções, pavimentamos o caminho para uma interação mais sofisticada entre inovação e experiência do consumidor. A tecnologia em vendas não é uma mera adição superficial. É uma revolução silenciosa que molda nossa interação com o mercado. Investir adequadamente nesse domínio é a chave para um futuro promissor.
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