70% da população do Amapá, Piauí, Rondônia e Pará não têm internet


Em 2022, o país tinha 74,1 milhões de domicílios particulares permanentes e 43,5% deles (ou 32,3 milhões) estavam no Sudeste. O Nordeste tinha a segunda maior parcela, com 26% dos domicílios (ou 19,3 milhões) e as regiões Sul (15% ou 11,1 milhões), Centro-Oeste (7,8% ou 5,8 milhões) e Norte (7,6% ou 5,7 milhões) vinham a seguir. São informações do módulo Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

Cerca de 85,0% (ou 63,0 milhões) desses domicílios eram casas, enquanto 14,9% (ou 11,0 milhões) eram apartamentos. O Sudeste tinha o maior percentual de domicílios em apartamentos, acima da média nacional, com 19,7% (6,3 milhões). Já o Centro-Oeste foi a região onde a proporção de apartamentos teve o maior crescimento, passando de 9,6% em 2016 para 12,2% em 2022.

Quanto ao material predominante na cobertura dos domicílios, 49,8% (36,9 milhões) possuíam telha sem laje de concreto enquanto 32,1% (23,8 milhões) tinham telha com laje de concreto. Outros 15,2% (11,2 milhões) tinham somente laje de concreto e 2,9% (2,2 milhões), outro tipo de material.

Nas paredes, 88,6% dos domicílios do país usavam alvenaria ou taipa com revestimento, enquanto 6,9% usavam alvenaria ou taipa sem revestimento e 3,9% usavam madeira apropriada para construção. As regiões Norte e Sul tinham os maiores percentuais de domicílios com paredes externas de madeira (19,2% e 14,5%, respectivamente).

Cerca de 63,8% dos domicílios do país eram próprios e quitados

Entre os 74,1 milhões de domicílios particulares permanentes do Brasil, 47,3 milhões (63,8%) eram próprios já pagos. O predomínio do imóvel quitado, entretanto, vem caindo constantemente desde 2016, quando o percentual era de 66,7%. Em contrapartida, nesse período, vem aumentando o percentual de domicílios alugados, que saiu de 18,5% em 2016 e alcançou 21,1% em 2022 – ou 15,7 milhões. Os cedidos eram 8,8% (6,6 milhões) e aqueles em outra condição, por exemplo, os casos de invasão, totalizavam 0,2% (174 mil).

No recorte regional, Norte (72,7%) e Nordeste (71%) tinham estimativas de domicílios próprios já pagos maiores que a média nacional. Por outro lado, as residências alugadas tinham proporção maior nas regiões Centro-Oeste (27,8%), Sudeste (23,4%) e Sul (20,9%).

Entre 2016 e 2022, o Centro-Oeste teve a maior retração na proporção de domicílios próprios já pagos (de 59,6% para 51,5%), ao mesmo tempo em que aumentava a proporção de domicílios alugados (de 24,5% para 27,8%).

Os maiores percentuais de domicílios alugados foram observados no Distrito Federal (35,6%), Goiás (27,3%), Mato Grosso (25,3%) e São Paulo (25,3%), enquanto Piauí (10,3%), Maranhão (11,5%), Amapá (12,5%) e Pará (12,8%) tinham as menores proporções.

Pela primeira vez, metade dos domicílios do Nordeste estão ligados à rede geral de esgoto

Em 2022, entre os 64,8 milhões de domicílios urbanos do país, 99,5% tinham água canalizada e 95,1% tinham acesso à rede geral de abastecimento de água. Já entre os 9,4 milhões de domicílios rurais, aqueles percentuais eram de 88,2% e 38,9%, respectivamente.

98,2% dos domicílios do país possuíam banheiro de uso exclusivo enquanto os com escoamento do esgoto feito por rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral eram 69,5%.

Foto Secom Rondônia Informações IBGE

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